sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Resumo do texto (Jean-Jacques Roubine) os instrumentos do espetáculo – parte I

Segundo Lúcio Leonn

1. "A Tradição Iluminista" (pp. 119-121)

2. "O Cenário Pictórico" (pp. 125-132),

O palco fechado de Antoine na França e de Stanislavski na Rússia é apontado como herdeiros da tradição ilusionista. Os naturalistas propunham uma prática de cena inerente à natureza. Percebe-se por eles a mitologia do verdadeiro. O figurino é uma roupa com significação constituinte. E dele provém à situação real do personagem e seu contexto.

O teatro moderno desse período tem certo teor tecnológico e menos artístico. De convergir o objeto de cena e de iluminação sem artifício. O encenador naturalista versus a não autonomia cênica, do cenógrafo. Appia e Craig revelam-nos um palco cenográfico sem decoração e uma luz elétrica funcional ao espaço cênico tridimensional. Copeau e Baty asseguram tal passagem para guiar em tal concepção Vilar e Chèreau, Strehler e Wagner. E a presença do ilimitado mimetismo da sonoplastia em ilusão acústica, em que podemos evidenciar na obra de Tchecov, por Stanislavski.

O cenário pictórico (painel de fundo) elemento voltado ao ator e à iluminação chega-se ao simbolismo, na busca de clima da cena. E, num instante o expressionismo entrega-se a visualização plástica de cenário junto ao pintor.

De Diaghilev (imagem, acima: http://www.russianballethistory.com/ballethistories.htm), seu balé russo, em ponto de igualdade de composição de cenário (arte figurativa) justapõe-se aos movimentos acústicos e coreográficos da época. Já Rouché transita na cenografia visual e objetos-signos, diante de atingir e organizar a leitura do expectador na cena.

Por fim, o retorno do foco central ao ator e ao texto em evolução teatral permanece. No entanto, não se pode deixar de firmar as contribuições ao teatro moderno dadas por Appia e Craig – pensadores de grande revolução cenográfica e teatral do século 20.

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