sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Resenha crítica do artigo "Teatro, valor e pluralidade", de A. Tibaj.

Por Lúcio Leonn
O Texto em análise detecta um panorama bastante contundente e reflexivo acerca da relação artística, do “papel” da antropologia e à noção de cultura, em paralelo aos períodos históricos e estilos de ontem e hoje. Seguem-se as leis de consumo e de manutenção entre os grupos e de pessoas, às ações de ingressos\recepção às políticas públicas de culturas. Pensa-se, “a burocracia da cultura fora instaurada”. Outrora, ao invés de recursos de apoio e permanência ao que já se faz; espontaneamente ou manter-se a continuar vivo e pulsante; o “reconhecimento” de sua existência entre nós civilizados deve passar por prêmios em editais.
Fica bem claro, nas palavras e exemplos escritos, o posicionamento crítico do autor sobre os diversos pontos de vista éticos e conceituais inseridos no corpo do artigo ao encontro do leitor, por admissão de causa.
Por um lado, A. Tibaj aponta pesquisa em grupo de estudos em artes cênicas liderada pela Profª Beti Rabetti (UNIRIO) e a discussão sobre o popular. Por outro, uma valorização da técnica versus a idéia de espontaneidade. E ele traz a distinção entre pluralidade (cultural) e multiculturalismo, que se torna importante em prol de pertencimento da sociedade brasileira. E da interação de tal pluralidade em ambiência propícia.
O texto ainda relata conceitos de arquivo, memória e certas denominações, de elementos da compreensão para o fenômeno teatral (técnicas espetaculares). Além da excelente passagem: “um dos maiores desafios de nossa situação atual está em pensar e avaliar manifestações culturais a partir de seus valores.
E para a comunidade escolar ou campo acadêmico, a exemplificar aqui, por meio do Ensino (arte e de cultura, arte-educadores envolvidos) sinalizar-se que se vivenciam certas manifestações culturais pessoais de alunos em contravalores culturais, diariamente. Muitas vezes, o que serve em termos de cultura e ócio para grupos sociais em geral é o que está em voga. É um valor de massificação. Um falso valor de senso comum que na perspectiva de A. Tibaj é alienante e de subnutrição. Não há territorialidade. Mas um eterno começo de auto-afirmação e cultural de sujeitos circundantes. O corpo manipulado é outro, mas a máscara no sentido trágico ou cômico, que se personifica é a mesma de todos.
Por fim, o artigo em determinadas passagens é bastante fragmentado e circunstancial. O leitor é levado a determinadas situações experienciadas e de como o Professor pesquisador anunciou de início por meio de excerto, em sua narrativa, o imediato de suas palavras vai tomando rumo. ]

Palavras chaves: Noção de Cultura\Políticas Públicas de Culturas\Pluralidade Cultural\Teatro Cômico\Cultura Popular\Contemporaneidade\ A. Tibaj (UFSJ).

Parte disponível em:
http://www.unirio.br/teatrocomico/textos/sem2010_resumo00_pluralidade_cultural.pdf

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