sábado, 26 de novembro de 2016

QUE O FOTÓGRAFO RISQUE, PINTE, QUE SUJE E BORRE A SUA FOTO; CONTANDO QUE NINGUÉM FAÇA NADA IGUAL

(Transcrição elaborada por Lúcio Leonn, 2016)

De 1890 a 1914, um movimento de fotógrafos europeus dominou a história da fotografia. Eram todos amadores, e foram os primeiros a afirmar que a fotografia é uma arte. 

(Artigo de Antônio Carlos Rodrigues (publicado, igualmente, na “Revista de Fotografia”, junho de 1971).)

Uma exposição da Sociedade Francesa de Fotografia de Paris,chamou a atenção recentemente para um movimento fotográfico do início do século, que estava quase esquecido o Pictorialismo. A fase de ouro do movimento durou 25 anos, 1890 a 1914. A exposição realizada em Paris foi dedicada às obras de dois maiores nomes do Pictorialismo, os franceses Robert Demachy e C. Puyo.
No fim do século passado, o entusiasmo pela descoberta da fotografia já tinha passado, e seu desenvolvimento como arte estava praticamente paralisado. A fotografia já tinha sido incorporada a vida de quase todo o mundo, era considerada um “trabalho” como outro qualquer. Enquanto as artes plásticas passavam por verdadeira revolução– lançando os nomes hoje célebres de Matisse, Picasso, Braque, Mondrian, Modigliani – a fotografia não passava de “uma técnica cientifica de reprodução da realidade, sem o menor  valor estético.
Contra isso surgiu o movimento pictorialista. Em 1891, no Clube da Câmera de Viena, Áustria, seus organizadores criaram o primeiro “caso”. Selecionaram para uma exposição de fotografias apenas as obras “com valor artístico”, sem ligar às suas características técnicas. Essa atitude chamou a atenção para um grupo de fotógrafos que se apresentavam como “artista”, e que se recusavam o princípio de que a fotografia não era uma arte. Tentavam assim estabelecer uma diferença entre êles e os fotógrafos profissionais, que “tinham transformado a fotografia em pura mercadoria”.
Na verdade, o pictorialismo foi uma reação de amadores ricos contra aquêles que começavam a fazer da fotografia um meio de ganhar a vida. Isso explica em parte porque o movimento caiu no esquecimento e foi logo considerado como representante de uma tendência negativa e retrógrada.  Mas o pictorialismo teve um mérito: seus organizadores foram os primeiros na história que tentaram elevar a fotografia ao nível de arte.
Sua lei fundamental pode ser esta: a fotografia é uma arte, e segue as tendências dominantes na pintura, na literatura, na música. Tècnicamente, o movimento tendia a negar as características próprias da fotografia. Para Robert Demachy, um dos fundadores:
“A obra de arte não está no motivo, mas na maneira de mostrá-lo”. “Que o amador se sirva do óleo, da goma ou da platina; que êle passe uma camada de pintura em seu clichê; ou que o risque com uma ponta de ferro; isso não me faz a menor diferença, desde que êle me mostre uma imagem que seu vizinho não possa fazer igual. Não digo isso em relação à composição ou à disposição de seu motivo, mas na maneira de traduzi-lo em sua linguagem própria”.
No início do século, o pictorialismo já era um movimento coerente e firme. Mas o academismo acabou por matá-lo, na época em que começava a primeira guerra mundial. Não havia mais seguidores do movimento.
A recente exposição de Paris mostrou que, apesar de ter sido um movimento estéril para o desenvolvimento da fotografia, o pictorialismo tem muito que ver com a arte.

Fonte consultada:
AUGUSTO RODRIGUES (editor); Que o fotógrafo risque, pinte, que suje e borre a sua foto; contando que ninguém faça nada igual. Artigo de Antônio Carlos Rodrigues (publicado na “Revista de Fotografia”, junho de 1971) – Jornal ARTE & EDUCAÇÃO, Rio de Janeiro: Escolinha de Arte do Brasil, ano I, n. 6, p.16 jun. 1971. Acervo pessoal (periódico) Lúcio José de Azevêdo Lucena – Lúcio Leonn.
 .
[“Faço questão de manter o vocabulário e a gramática característica da escrita original no Jornal Escolinha de Arte do Brasil, ano I, n. 6, p.16 jun. 1971". ], Lúcio Leonn.

Contextualização [Lúcio José de AzevêdoLucena(Org.)-Lúcio Leonn]
(...)

Sobre uma atriz de Hollywood: OLIVIA DE HAVILLAND -(Jornal O Grilo –Escolinha de Arte da Biblioteca Castro Alves-RJ)

 Por Newton Godman, 1950.
LEONN, LÚCIO. Foto de Olivia de Havilland, (Newton Godman: Cinema - Sobre uma atriz de Hollywood) – Periódico: Jornal O Grilo, Rio de Janeiro: Escolinha de Arte da Biblioteca Castro Alves, ano I, n.3, p.6, abr./mai. 1950. 1 fot., p&b, reprodução/coloração minha.

(Cinema) - Sobre uma atriz de Hollywood

Por Newton Godman
(Transcrição elaborada por Lúcio Leonn, 2016)


Hollywood acha-se em franca decadência. Os filmes franceses, ingleses, italianos, estão batendo longe todos os filmes provenientes da Meca do cinema.

Os atores e atrizes já estão velhos e passados... As comédias são bobas e convencionais... Os dramas exagerados e repetidos, mas no meio de tanta mediocridade surge uma artista que é realmente uma artista. Não é Bette Davis, Paullete Godard, Joan Crawford ou Rosalind Russel.
É OLIVIA DE HAVILLAND.

Olivia de Havilland é uma atriz razoável até 1940. Irmã de Joan Fontaine que naquela época triunfara no cinema. Olivia aliada à sua simpatia filmou a PORTA DE OURO. A Academia de Ciências e Artes Cinematográficas escalou-a para um Oscar, que foi parar às mãos de Joan Fontaine por sua interpretação em SÓ RESTA UMA LÁGRIMA.

Só em 1949 Olivia de Havilland veio a conseguir o ambicioso Oscar por sua interpretação em SÓ RESTA UMA LÁGRIMA.

Imediatamente, os produtores de Hollywood perceberam quêm era aquela moça tímida e até que ponto podia chegar.

Olivia satisfeita com seu Oscar, pediu ao produtor Anatole Litvak que se filmasse a COVA DAS SERPENTES, a chamasse para fazer o papel de Virgínia.

Mas Darryl F. Zanuck achou que Olivia não era a pessoa indicada para o papel. Chamaram Ann Baxter outra surpreendente atriz, que se recusou. Olivia insistiu no seu pedido e o primeiro test dissipou tôdas as dúvidas de Darryl.

A Universal resolveu então filmar um caso de psiquiatria. Convidaram Olivia para o papel das gêmeas Terry e Ruth. Olivia mostrou então uma série de expressões que dificilmente poderiam ser repetidas.
Tudo indica que um Oscar iria tombar novamente em suas mãos. No entanto Lorreta Young conseguiu o prêmio deixando sua amiga Rosalind Russel desesperada.

A filmagem de A COVA DAS SERPENTES foi adiada mais um dia Miss de Havilland começou a filmar, filmar, filmar (pois ela aparece em quase tôdas as cenas). Aí então surgiu um escritor chamado Marcus Godrich e Olivia que até aquela data se havia mantido solteira, casou-se.

O Oscar da Academia foi entregue a Jane Wymar por sua interpretação em BELINDA. Tôdos viram a grosseria da decisão, pois Olivia dera ao filme uma interpretação inigualável.

Então a Paramount retornou sua artista para fazer com ela o filme TARDE DEMAIS, e, finalmente, em 1950, Livie recebeu o seu 2º Oscar.

Nêste seu último filme ela interpreta o papel de uma moça feia que tem segundo seu pai, um mérito que apaga todos os outros: trinta mil dólares.

Um simpático rapaz resolveu aproveitar-se da inexperiente rapariga e faz-lhe juras de amor. Mas o pai deu o “contra” e o rapaz sumiu.

Por essa interpretação ela não só conseguiu o Oscar como também um prêmio da Associação dos Críticos Cinematográficos pela segunda vez, a COVA DAS SERPENTES valera-lhe já esse prêmio, ambicionado por tôdas as artistas, e outro no festival de Cannes por sua magnífica “performance”.

Olivia é sem dúvida uma mulher feliz. Tem um filho muitos prêmios e um marido que tanto demorou a achar.

Que mais poderia ela esperar? 

Fonte consultada: 
RODRIGUES, AUGUSTO. Newton Godman: Cinema - Sobre uma atriz de Hollywood – Jornal O Grilo, Rio de Janeiro: Escolinha de Arte da Biblioteca Castro Alves, ano I, n.3, p.6, abr./mai. 1950. Acervo pessoal (periódico) Lúcio José de Azevêdo Lucena - Lúcio Leonn.

[“Faço questão de manter o vocabulário e a gramática característica da escrita original no Jornal O Grilo | Década de publicação (1950)”], Lúcio Leonn. 

Contextualização minha:
1. Segundo Newton Godman,– (ainda, linhas abaixo de seu texto: sobre uma atriz de Hollywood) – escreveu em sua coluna (Pingos), os seguintes registros (1950, p.6): 
– “Olivia de Havilland notável artista, deu-nos uma bela interpretação em “Tarde Demais’.;
–As telas da cidade andam muito pobres, mas com a reprise do ‘E o vento levou’ os fans de Vivien Leigh terão oportunidade de revê-la nos bons tempos de M.G.M.;
–No dia 1 de maio tivemos a auspiciosa estréia do filme ‘Tarde Demais’, de William Wyles com Olivia de Havilland;
(...) ".

3. A porta de ouro (“Hold Back the Dawn”, 1941); Só resta uma lágrima (“To Each His Own”, 1946) e Tarde demais (“The Heiress”, 1949); A cova da serpente (“The Snake Pit”, 1948); ...E o Vento Levou (“Gone with the Wind”, 1939);

4. Nome completo: Newton Augusto Godman. Godman em seu texto de 1950 nos perguntava: que mais poderia ela (Olivia de Havilland) esperar? Respondemos aqui. – Ter completado 100 anos (de idade) em 2016.

5. Destaco especialmente (às crianças), na época, aos escritos no Jornal O Grilo –– Jornal da Escolinha de Arte da Biblioteca Castro Alves: Iréne Landau e Newton Augusto Goldman.
Igualmente,  "Na reunião em que se consideram fundada a Biblioteca [de Arte, (1950)] fez-se a eleição por voto secreto para os cargos de bibliotecários. Foram eleitos Iréne Landau e Newton Augusto Goldman" (In: Biblioteca de Arte – Jornal O Grilo, Rio de Janeiro: Escolinha de Arte da Biblioteca Castro Alves, ano I, n.3, p.5, abr./mai. 1950, (segundo AUGUSTO RODRIGUES (1950): segundo LUCENA, 2016.).

"Biblioteca de Arte" - Jornal O Grilo (1950): Escolinha de Arte da Biblioteca Castro Alves/RJ.

LEONN, LÚCIO. Desenho de Nils – (Ilustração para o texto "Biblioteca de Arte") – Periódico: Jornal O Grilo, Rio de Janeiro: Escolinha de Arte da Biblioteca Castro Alves, ano I, n.3, p.5, abr./mai. 1950. 1 fot., p&b, reprodução/coloração minha.
Biblioteca de Arte 
(Transcrição elaborada por Lúcio Leonn, 2016)

Nossa Escolinha possui também uma biblioteca de Arte. Eis o seu histórico:
Há mais ou menos um ano fizemos uma visita à Biblioteca Nacional, e que foi seguida de muitas outras.

Ficamos maravilhados com a secção de livros sôbre arte. Creio que foi isto o que mais nos impeliu a fazer nossa biblioteca, uma biblioteca sómente sôbre arte.

No começo apenas possuímos livros sôbre pintura, mas compreendemos que a arte não é sómente pintura, abrange inúmeras outras coisas. Hoje temos a “História, de um tomate”, que não deixa de ser um livro artístico.
A Biblioteca que já está muito bem organizada, acha-se em vias de melhoramento. Pensamos fazer uma vez por semana uma reunião na qual discutiremos livros a serem adquiridos de interesses da Biblioteca e faremos leitura em voz alta assim como traduções. Pensamos fazer um fichário com as opiniões de tais pessoas sôbre tais e tais livros que será muito interessante.
Eis o Regulamento de nossa biblioteca:
1) Será solicitada a orientação técnica dos funcionários da Biblioteca Castro Alves.
2) A biblioteca será mantida pela contribuição dos sócios adultos que quiserem colaborar. A contribuição será de Cr$ 3,00 mensais.
3) Serão sócios todos os alunos da Escolinha que o solicitarem.
4) Os sócios poderão retirar um livro de cada vez pelo período de 10 dias Esgotado êsse prazo será o livro devolvido devendo ficar na Biblioteca 2 dias, passados os quais poderá ser renovado o empréstimo, caso o livro não esteja pedido por outro leitor. 
5) O sócio que não devolver o livro dentro do prazo marcado pagará multa de Cr$50 (cinquenta centavos), por dia de atraso.
6) O sócio que extraviar um volume pagará a importância correspondente ao preço do livro. 
7) Os sócios poderão sugerir a compra de livros, encaminhando as sugestões à direção da Escolinha.
8) Cabe à direção da Escolinha a compra de livros.
9) A Biblioteca ficará aos cuidados de dois bibliotecários menores de 10 anos, eleitos entre alunos maiores de 10 anos. 
10) Aos bibliotecários caberá zelar pela execução das normas que se estabelecerem nesta reunião, pela conservação e agendamento da biblioteca, bem como representar e defender a opinião e os interesses de todos os sócios no que se refere a consultas; empréstimos, sugestões de compras, etc.
Material necessário à Biblioteca:
1 livro de acervo 
1 livro Caixa 
1 livro de Normas e de registro de sócios.
Na reunião em que se consideram fundada a Biblioteca fez-se a eleição por voto secreto para os cargos de bibliotecários.
Foram eleitos Iréne Landau e Newton Augusto Goldman.
No próximo mês de junho realiza-se-à nova eleição.

Fonte consultada: 
RODRIGUES, AUGUSTO (editor). Biblioteca de Arte – Jornal O Grilo, Rio de Janeiro: Escolinha de Arte da Biblioteca Castro Alves, ano I, n.3, p.5, abr./mai. 1950. Acervo pessoal (periódico) Lúcio José de Azevêdo Lucena - Lúcio Leonn.

[“Faço questão de manter o vocabulário e a gramática característica da escrita original no Jornal O Grilo | Década de publicação (1950) ”], Lúcio Leonn.

Leia também:
((Memória)) - Iréne Landau (1950): A Morte de Nijinsky, (Jornal O Grilo ––Escolinha de Arte da Biblioteca Castro Alves-RJ). Disponível em: http://notasdator.blogspot.com.br/2016/07/irene-landau-1950-morte-de-nijinsky_12.html

Sobre uma atriz de Hollywood (Por Newton Godman, 1950): OLIVIA DE HAVILLAND - (Jornal O Grilo –Escolinha de Arte da Biblioteca Castro Alves-RJ) Disponível em: http://notasdator.blogspot.com.br/2016/11/sobre-uma-atriz-de-hollywood-olivia-de.html



domingo, 21 de agosto de 2016

“Oficina de Teatro de Improvisação” - 12 e 13 de abril de 2016 - ministrada pela diretora e atriz de teatro alemã Christiane Mudra.

Por Lúcio Leonn 

A Casa de Cultura Alemã (CCA) da Universidade Federal do Ceará traz a Fortaleza (CE-Brasil) a conceituada diretora e atriz de teatro alemã Christiane Mudra.

“A Liberdade é sinônimo para toda cena [não]-imaginária em ação [des]contínua de tempo-espaço: o devir-cênico” (Lúcio Leonn – “Oficina de Teatro de Improvisação com atriz e diretora alemã Christiane Mudra” – Fortaleza-Ce (Brasil): abril, 2016).

(Divulgação site da UFC)
A atriz e diretora Christiane Mudra tornou-se conhecida com os filmes Nie gesagte Dinge (2009), Love kills (2008) e Roulette (2013). Recentemente, lançou Wir waren nie Weg (2015).

A Oficina de Teatro de Improvisação tornou-se ação sociocultural e artística graças a Coordenadoria Cultural da Casa de Cultura Alemã (CCA), tendo à frente, a Professora Visitante (UFC) Dra. Hanna Knapp (DAAD-Lektorin Fortaleza) DAAD BR, à quem agradecemos tal iniciativa.  E, Charlotte Koch, como assistente Cultural da Casa de Cultura Alemã. E, seus registros em fotos – Oficina.

“Oficina de Teatro de Improvisação” - ministrada pela diretora e atriz de teatro alemã Christiane Mudra. Realizada em parceria no Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno – UFC, dias 12 e 13 de abril de 2016, das 9 às 17 horas (intervalo entre as 12 e 14 horas). As Inscrições encerraram em 7 de abril, com VAGAS LIMITADAS.

Todos os candidatos admitidos na oficina: teatro de improvisação inscreveram-se mediante prévia inscrição, com direito no final à CERTIFICAÇÃO (12h/aula).

Uma programação realizada pela Casa de Cultura Alemã, em parceria com o Instituto Goethe, que incluiu ainda dia 14\04-2016, (19h); um bate-papo com a atriz e o público, (acerca de seu trabalho teatral: o Teatro Investigativo). Realizado na Sala Interarte da Casa (Av. da Universidade, 1783, Benfica, Um convite realizado igualmente, pela Casa de Cultura Alemã da UFC.  Eventos gratuitos e abertos ao público.

A OFICINA  – Breve Resumo
“Uma das melhores aulas de TEATRO da minha vida!!! Obrigada a todos pelo aprendizado!!! [...].”. – (Ressalta Mai Puig, seguindo seu depoimento pessoal em rede social, 15.04.2016.)
“Oficina de Teatro de Improvisação” com atriz e diretora alemã Christiane Mudra (centro) - Imagem adaptada\coloração em reprodução, a partir da foto original de Jean Claude — (À esquerda, em pé) alunos-atores e atrizes: Aline Campelo, Zerivaldo Beserra, Milene Pimentel, Evan Teixeira, Riane Aguiar, Mai Puig, Clara Monteiro, Christiane Mudra (atriz, diretora e ministrante da Oficina), Alexandre Holanda, Yuri Morais (intérprete), Ingrid Falcão e Rosimeiry de Melo. À direita(sentados) alunas-atrizes e atores: Marcus Martins, Juliana Brasil, Bio Falcão, Thiago Camelo, Carla Heliany Moreira Tavares, Lúcio Leonn, Manuela Crisóstomo e Jean Claude.  
Enumerei abaixo, palavras-chave¹ ao aluno-ator\atriz edificados pela atriz de teatro alemã Christiane Mudra, durante a realização da  “Oficina de Teatro de Improvisação”, em cena\exercícios.
 O nosso palco: Teatro Universitário - Paschoal Carlos Magno (imagem minha)
¹Palavras-chave: 
1. Entusiasmo\vontade\espontaneidade\liberdade de espírito individual\generosidade\ludicidade\solidariedade em grupo (pares/trio/mediação por Christiane Mudra);
2.      Sentimentos (emoções puras);
3.      O Outro participante (ator\atriz jogador\a): a cena;
4.      O fazer (fisicalização): dupla\trio\ grupo etc.;
5.      A ação (física) – devir (invocação de uma ausência);
6.      Regras estabelecidas, ou não, - (circunstâncias dadas (re/criada) pelos jogadores atores ou uso indicativo pela facilitadora Christiane Mudra ou situação re\criada em improvisação\interpretação pelos atores jogadores);
7.      A plateia (espectador; ator jogador\público (in)visível);
8.      O GESTUS, sob o conceito do dramaturgo Bertolt Brecht;
9.      Distanciamento=Verfremdung;
10.  “Liberdade” é palavra sinônima para toda a cena. 

Participaram da referida oficina, os seguintes alunos-atores e atrizes:
1.         Aline Campelo
2.         Alexandre Holanda
3.         Bio Falcão
4.         Carla Heliany Moreira Tavares
5.                   Clara Monteiro
6.                   Evan Teixeira
7.                   Juliana Brasil
8.                   Jean Claude
9.                   Ingrid Falcão
10.               Lucas Alexande
11.  Lúcio Leonn
12.  Loyd Dias
13.  Manuela Crisóstomo
14.               Marcus Martins
15.               Marla Gomes Lima
16.               Mai Puig
17.               Milene Pimentel
18.    Riane Aguiar
19.    Rosimeiry de Melo
20.    Thiago Camelo
21.    Zerivaldo Beserra.
(Foto: Charlotte Koch (Daad Cca), 2016): os alunos-atores\atrizes em exercícios  direcionados / livres em interpretação e improvisação pelo espaço cênico, individual. 

(Foto: Charlotte Koch (Daad Cca), 2016): aluno-atores:  Lúcio Leonn e Mai Puig em exercício de interpretação e improvisação em dupla, a partir de ação: coletiva\pares\individual – ponto de partida e sequência criativa: ação física\personagens.

*Agradecemos ao empenho e talento à tradução simultânea e à experiência, também, de Yuri Morais, o Intérprete na Oficina de Teatro de Improvisação.
(Foto: Charlotte Koch (Daad Cca), 2016): os alunos-atores em exercício de interpretação e improvisação em dupla, a partir de ação: coletiva\pares\individual -  ponto de partida e sequência criativa: ação física\ personagens.


(Foto: Charlotte Koch (Daad Cca), 2016): os alunos-atores Alexandre Holanda e Jean Claude em exercício de interpretação e improvisação em dupla, a partir de ação: coletiva\pares\individual -  ponto de partida e sequência criativa: ação física\ personagens.

(Foto: Charlotte Koch (Daad Cca), 2016): alunas-atrizes Carla Heliany Moreira Tavares (D) e  Clara Monteiro (E) exercício de interpretação e improvisação em dupla, a partir de ação fisica.





Palavras-chave¹ acima, são princípios ou abordagens norteadoras que devem ser seguidos, em busca do fazer teatral  - ACONTECER – Eventuar – AGIR – improvisar...

Sim!
Ótimo!

Alguns: a) b) c) abaixo, 
- Jogos teatrais \ (dramáticos) utilizados durante a Oficina 
de Teatro de Improvisação, evidenciados!

Em busca de  uma consciência
pessoal e artística
original

Sempre, dizer: “Sim”

Escutar: “Bem”

Spit! 
Spot!
Super
SENTIMENTOS!
Liberdade
a) "Jogo/Exercício de Concentração / Aquecimento Corporal e Grupal" - Todos em círculo. Define-se quem deve começar e para qual lado. Ao som da palma (dar), individualmente, o participante que comanda olha nos olhos para o participante que está a seu lado. Por meio da visão (simultaneamente, som e olhos). Do participante, que recebeu o comando, observa e recebe (olhadela e som) e,  encaminhar para o Outro a mesma ação e para mais outro em círculo. Segue sucessivamente até que, o facilitador\participantes proponha(m) aumentar gradativamente, o ritmo de palmas e a possibilidade de direção da ação e do movimento em conjunto ou de surgir à espontaneidade e fluência do exercício em grupo.

Para que jogá-lo? Estimular a concentração individual/grupal e criar contato e clima de confiança.

Descrição detalhada: Pede-se aos participantes que formem um círculo. Designa-se quem deve começar e qual lado do direcionamento da ação deve começar (lado direito ou esquerdo do participante). No decorrer do jogo, os participantes podem encaminhar de forma in\direta suas ações em bater palmas e as ações permanecem em conjunto. O ritmo acelerado, lento sustentado. Procura-se fruir atitudes, de: atenção / concentração / percepção.

Elementos do jogo: ação/ritmo/som. Noção de espaço e direção direcionada: direto (esquerda e direita) e in\direto(centro/esquerda/direita). Há definição oculta em verbos: dar e receber (bater palmas: som= fluência}. Utilização de sentidos:visual/auditivo\etc.(fonte:http://notasdator.blogspot.com.br/2009/10/jogos-dramaticos-e-teatrais-conceito.html)
(Foto: Charlotte Koch (Daad Cca), 2016): a atenciosa plateia no decorrer da “Oficina de Teatro de Improvisação” –as seguintes alunas-atrizes\atores: Evan Teixeira, Clara Monteiro, Manuela Crisóstomo, Zerivaldo Beserra, Carla Heliany Moreira Tavares, Jean Claude, Riane Aguiar,  Rosimeiry de Melo, Milene Pimentel e Ingrid Falcão. 
b) "Jogo de Atitudes" - A partir de uma posição neutra (confortável, braços ao longo do corpo, andando etc ...) de descontração, à qual deve sempre o participante regressar; o grupo terá de reagir aos comandos do participante\facilitador (sob a forma de um a só palavra, ou frase extraída de um jornal, de uma história contada, de um texto (diálogo) teatral, de uma música, ou simplesmente inventada). Os participantes deverão ficar imóveis numa figura/pose coletiva até receber a ordem de voltar à posição neutra. Exemplos de comandos: magia, silêncio, feitiço, espera, brincadeira, música, tempestade, velhice, fome, medo, despertar, vaidade, trecho de uma peça.

Para que jogá-lo? Buscar a reação coletiva e a criatividade em rapidez e de comando.

Descrição detalhada: O grupo terá de reagir aos comandos do facilitador\participantes. Os integrantes deverão ficar imóveis numa figura/pose coletiva\ em dupla e\ou individual até receber a ordem de voltar à posição neutra.  (fonte: idem, acima)

c) ²Jogo "Palavra-texto-imagem cênica – a construção de uma fábula" ou "Cenas-palavra ou palavras-cênicas"  -  Realizei tal improvisação (situação dada: “Uma criança perdida e ferida numa Floresta”), a partir desse jogo .

 – Um ator narra em 1ª pessoa sua ação, em seguida as demais pessoas: três atores projetam as palavras (texto), ao do ator narrador.

Para que jogá-lo? Estimular a função do ator [rapsodo] – a tomar consciência e percepção corporal – por que faz e, para quem faz tal ação física: ou tornar sua ação critica (verossímil) e direcionada (o fazer). As palavras projetadas ao ator-narrador vão se incorporando ao jogo cênico, ao mesmo tempo, a corporificação e a entrada de “novas” cena-palavras ou palavras-cena, (introduzem uma imagem\palavra\texto) espontaneamente, – evocam o inter/cambiar; a buscar; o desenrolar – instaurar o in/usitado – o devir – o circunstancial, sempre, em 1ª pessoa.

Descrição detalhada: quatro atores-alunos jogadores. Um ator-jogador narra uma ação em 1ª pessoa, enquanto três atores-jogadores projetam uma palavra, simultaneamente, ao ator do centro da ação. Antes, se define um tema [(nó) \ texto – circunstâncias dadas] comum acordo no grupo para ser jogado em transitoriedade. Os três atores-jogadores operam em seu espaço pessoal, (periférico da cena); projetar sua palavra\texto em audição. Repito: projetam suas palavras em demanda de movimento da ação física\vozes: cena do primeiro ator, em movimento de criação.

Elementos do jogo: Ação - a partir da improvisação ou jogo teatral (dramático). Palavras-texto (des)\conexos que, o ator da cena deve incorporar a sua ação iniciada ou fala (antes, por ele)  em 1ª pessoa  e/ou junto à sua ação física (situação definida, anterior, ao jogo pelo grupo). Ou seja, Uma plateia in/visível deve ser definida pelo ator partícipe da cena\ação. Os três atores-condutores participam da ação por intermédio da palavra (vozes) enunciada por eles, somente. Não se sujeitam nem adentram a cena do primeiro ator, O ATOR RAPSODO (este intérprete, não deve sair do Foco (problemas a ser solucionados, advindos de palavras-texto por intermédio da palavra (vozes) de três atores condutores).).  
(Foto: Charlotte Koch (Daad Cca), 2016): os alunos-atores\atrizes em exercícios  direcionados / livres em interpretação e improvisação pelo espaço cênico, individual.
***
(Foto: Charlotte Koch (Daad Cca), 2016): os alunos-atores\atrizes Clara Monteiro e Bio Falcão em exercício de interpretação e improvisação em dupla, a partir de ação: coletiva\pares\individual.
Intervalo-Pausa\ imagem minha
___________________
¹Informação retirada do meu arquivo pessoal/memórias de ator. Transcrição oral.


²Denominação dada por mim, ao jogo vivenciado, a partir de experiências e memórias minhas nesse Jogo (situação dada pela facilitadora: “Uma criança perdida e ferida numa Floresta”) - “Oficina Teatro de Improvisação”, com atriz e diretora alemã Christiane Mudra, abril de 2016. Transcrição oral.
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  • Adiante, breve exercício de escrita – olhar investigativo acerca do Teatro de Improvisação – articulações entre a Teoria|Prática – base para conhecê-lo|fazer – seguir seus pensamentos, a partir da Oficina de Teatro sobre o tema Improvisação. Texto disponível, em:

  • Em resumo- Vídeos da Oficina serão postados!