Artista Plástico: Descartes Gadelha
“1943. Gadelha, Descartes
(retrospectiva)”
(Individual) no MAUC - Museu de Arte da UFC
Por Professor de Arte (Esp.)Lúcio José de Azevêdo Lucena
A obra de arte sempre nos pedindo algo em imagem: a esperança como garantia e a subsistência da vida. E, foi o que mais me chamou a atenção durante a exposição nas telas da série ‘Catadores de Jangurussu’.” Lúcio Leonn
A obra de arte sempre nos pedindo algo em imagem: a esperança como garantia e a subsistência da vida. E, foi o que mais me chamou a atenção durante a exposição nas telas da série ‘Catadores de Jangurussu’.” Lúcio Leonn
(Imagem Exposição \ Divulgação)
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A Exposição “1943. Gadelha, Descartes” – retrospectiva - nos coloca a par de um acervo iconográfico (ainda, algumas
inéditas) que revela-nos datas de 1980 a 2008[?]. Pinturas expressivas, ou
breves esculturas em metais. Registros do ilusório e mundo
real\(expressionista) \ urbano ou cotidiano mundo do sertão. Fragmentos de seu
povo humilde e “colonizado” – suas pinturas conseguem ser transgressor de nosso
imaginário mundo popular para expressar ao mesmo tempo, uma janela da realidade
dura, nua e crua da capital alencarina.
Parte do individual ao coletivo, seus oprimidos e opressores se
perpetuam em personagens em traços marcantes de seus quadros.
A exposição segue em
séries. Pinturas (óleo sobre tela ou sobre fibra) registram a boemia do Estoril
na década de 1940 - série “de um lugar para outro alguém” (bordeis\sexualidade);
outra em imagem, o morro do Jangurussu em lixo, “Heróis do Aterro” (1980), seus
sofridos habitantes e moradores desta comunidade hoje, um lugar no
passado.
“Em minha visita em ação pedagógica, dia 11 de
dezembro de 2013 Gadelha conseguiu revelar o olhar e a dor da fome desta
gente. A obra de arte sempre nos pedindo algo em imagem: a esperança como
garantia e a subsistência da vida. E, foi o que mais me chamou a atenção
durante a exposição nas telas da série ‘Catadores de Jangurussu’. Cores
expressivas. Traços marcantes. O claro\escuro, como: o luxo, o poder, a devoção
ou a revolta. O artista consegue reunir em cores na arte expressionista as
fotografias em pinceladas de cores da grande metrópole Fortaleza”.
Noutra série, a
religiosidade, a seca, a cidade em Sertão. O Boi Santo, penitentes, homens,
mulheres em condição desumana. Crianças sem direitos sociais básicos
apreciam-se na sequência do turismo sexual: “Iracema, Morenos e
Cocacolas”. Ou personagens históricos
(Padre Cícero\Antônio Conselheiro\São Francisco) ou vultos de pessoas anônimas
em polaridades sociais. São fortes imagens na série “Cheiradores de Cola” - uma
infância perdida. Nela, há retrato de cunho e denúncia social personificado.
Também, na série “Cicatrizes Submersas”; outra saga da guerra santa e social.
A obra de Gadelha
segundo os estudiosos possui forte crítica social, abordando temas como a
problemática dos moradores de rua, a prostituição e o turismo sexual, a vida no
aterro sanitário (série "Catadores do Jangurussu"), a religiosidade e
a cultura do povo nordestino.
A referida exposição
em análise começou em 18 de novembro de 2013; prossegue até janeiro de 2014.
Tem acesso livre. Também, noutro amplo espaço do Museu há acervo de obras
permanentes como as dos artistas cearenses: Nice e Estrigas, Heloisa Juaçaba,
Sérvulo Esmeraldo, Zenon Barreto, dentre outros.
No mais, Descartes
Marques Gadelha nasceu em 18 de junho de 1943 em Fortaleza (Ceará). Escultor,
compositor e músico. Desenha desde tenra idade. Começou na pintura em 1962,
sobre a orientação do pintor Zenon Barreto. Sua primeira exposição “A Paisagem
Cearense” aconteceu no MAUC Museu de Arte da Universidade do Ceará.
Tanto que até hoje, o
artista também possui uma sala específica no MAUC com pinturas e esculturas da
saga do beato Antônio Conselheiro e o movimento messiânico em Canudos.
Imagem:
Blog da Secretaria de Cultura Artística da Universidade Federal do Ceará (UFC).
“
Universidade Federal do Ceará (UFC) -
Faculdade de Educação (FACED)
Prefeitura Municipal de Fortaleza
(PMF)\Secretaria Municipal de Educação (SME)
Atividade Pedagógica do Curso Metodologia do Ensino de Artes Visuais - Uma Proposta a partir de Experimentos Artísticos e Estéticos no Ensino Fundamental
Professor Drº Coordenador Hélio
Leite
Professor Ms. Formador: Genivaldo
Macário de Castro
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