terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Luigi Pirandello e breve indicação sobre sua peça: Seis Personagens à Procura de um Autor.

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA-UnB-
DISCIPLINA: Laboratório de Teatro 2

Por Lúcio José de Azevêdo Lucena -lucio leonn- 30/09/2009)

Luigi Pirandello e sobre sua peça Seis Personagens à Procura de um Autor.
Luigi Pirandello (1867-1936) nasceu em Girgenti, na Sicília. Estudou Filologia em Roma e em Bona. Foi um grande renovador do teatro, com profundo sentido de humor e originalidade. Ele estudou filologia na Universidade de Roma e doutorou-se na Universidade de Bonn, Alemanha, país onde também estudou filosofia.Dedicado à literatura, de início escolheu a poesia, mas logo optou pela narrativa e pelo romance realista.

Autor de uma obra vasta, Pirandello escreveu diversos romances que foram compilados sob o título de Novelle per un anno (15 vols., 1922-37).

Dos seus seis romances, os mais conhecidos são Il fu Mattia Pascal (1904), I vecchi e i giovani (1913), Si gira (1916), e Uno, nessuno e centomila (1926).

Pirandello ganhou o Prêmio Nobel de literatura de 1934. O dramaturgo morreu em Roma, em 10 de dezembro de 1936.

É no teatro que Pirandello detém uma vasta obra. Entretanto, tornou-se célebre. Após o êxito com "Assim É, Se Lhe Parece" (1917), foi consagrado com "Esta Noite Se Representa de Improviso", "Cada Um a Seu Modo" e "Seis Personagens à Procura de Um Autor", três peças que deram origem ao chamado "metateatro" ou "teatro dentro do teatro".Inovador do drama moderno, o autor adotou como temas centrais a volubilidade humana e as coincidências entre a vida e a ficção.Pirandello está sempre concentrado no problema da identidade. O eu existe para Pirandello apenas em relação aos outros; consiste na mudança de facetas que escondem um abismo inescrutável.

Escrita em 1921, Seis personagens à procura de autor, relata um ensaio de teatro. O ensaio é invadido por seis personagens que, rejeitadas por seu criador, tentam convencer o diretor da companhia a encenar suas vidas.

No início, o diretor fica perturbado por ter seu ensaio interrompido, mas aos poucos começa a interessar-se pela situação inusitada que se apresenta diante de seus olhos.

As discussões entre as personagens e o diretor compõem uma análise filosófica do teatro. Assim, o peso da peça divide-se entre a narrativa em si, e os aspectos paratextuais, que ganham a cena.

Segundo André Boelter, em seu blog, ele diz o seguinte:

Assim, podemos dizer que em Seis personagens à procura de um autor é possível verificar a busca pela representatividade teatral como conjunto da vida. (...) A invasão dos personagens no ensaio é a invasão da vida real na imaginação que pretende representar o drama da vida real.

Boelter, cita ainda, a fundamentação de Demercy-Mota (2005, p. 02), quando destaca que:

Seis personagens à procura de um autor é a obra mais representativa de Pirandello, onde a expressividade de muitos atos de efeitos (todos eminentemente teatrais) tornam-se cíclicos até o final da peça. O leitor muitas vezes se sentem como os próprios personagens que surgem da sombra. (..).

Fontes
Documento de acesso digital
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u786.jhtm
Acesso em: setembro de 2009.
http://andreboelter.blogspot.com/2009/07/nesse-texto-buscar-se-fazer-uma-relacao.html
Acesso em: setembro de 2009.
http://www.pirandelloweb.com/portugues/pirandelloweb__em_potugues.htmAcesso em: setembro de 2009.

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Tendo como base o artigo "Vocalidade e Cena: Tecnologias de Treinamento e Controle de Ensaio" e o vídeo sobre o processo de Microatuação-

Vamos discutir questões relativas a esta proposta para a abordagem de textos teatrais

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA-UnB
DISCIPLINA: Laboratório de Teatro 2

1.Em que consiste a Micro-atuação?
Micro-atuação consiste num processo que implica um trabalho meticuloso sobre as cenas-chaves dos textos teatrais em abordagens.

2. Como este procedimento pode ser produtivo nos processos de ensaio e performance do texto teatral hoje?
Pode ser produtivo nos ensaios pela busca do personagem/ator a partir da cena em que o personagem está em mais evidencia; da prática e sustentação do processo que orienta a performance e toda obra - quando em contato com o público revelará uma parcela significativa da voz/estilos/timbres/ressonâncias, significados etc.

3. Que vínculos a proposta da Micro-atuação tem com o desenvolvimento tecnológico da segunda metade do século XX?
Segundo Davini, “considera o lugar que a tecnologia tem ocupado em relação ao corpo; alterações de sentidos entre o corpo e a máquina, na segunda metade do século 20.”
No entanto, novos paradigmas entre a produção de encenação e a recepção de espetáculos - buscam-se um olhar, a partir do corpo como o "primeiro palco da cena"; corpo como plano de consistência, no desejo de superar limites das definições orgânicas etc; e, mais ainda: o corpo abordado em performance como um "lugar de produção de sentidos."

4. De que modo o processo de Micro-atuação interfere na gestualidade (vocal e cinética) dos atores em cena?
Torna-se um processo orgânico corporal; de adaptação/transformação vocal e de ação cênica numa dimensão e de possibilidade visual e acústica.

Fonte: Re: Fórum Micro – Atuação. Por Lúcio José de Azevêdo Lucena -lúcio leonn terça, 6 outubro 2009, 07:41

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Por meio da prática pessoal; meu uso vocal em bioenergia e da apreciação via Vídeos, acrescento aos Elementos dos Som, o seguintes pontos de vista:

modelar e sustentar/projetar a voz (altura): alto/médio e/ou grave - em tempo e espaço de atuação a partir de estudos de texto(autor/personagens/situação dramática etc.) da prática do processo e da técnica em andamento ou da sustentação durante apresentação em público.

as nuances de vozes/inflexões (timbre) conota-se um "leque de possibilidades" de atuação e revela diversas polaridades/características emocionais e de estados físicos/psicológicos de determinados personagens em movimento.

permite alterar o tempo e espaço em in/respiração/pausas psicológicas de atuação (intensidade) - pela voz em estado: lento/rápido/ sustentado / intencional / sensações de sentidos e de evidências da cena e do personagem.

São elementos indissociáveis para o fenômeno teatral em dimensão acústica e de movimento da cena pela entrada do processo da micro-atuação.

fonte (Re: Fórum Micro - Atuação/ elementos do som. Por Lúcio José de Azevêdo Lucena - terça, 6 outubro 2009, 08:20.)

III Festival de Artes das Escolas Públicas e Municipais de Fortaleza / secretaria executiva regional V: "Narrativa para um Cortejo Alegre"

Lido em público pelo autor durante Abertura - Praça do Ferreira, 12 de abril de 2004
Narrativa para um Cortejo Alegre


Autoria: Lúcio Leonn

Temos de tudo nesta festa; pois é o nosso III festival!
Aqui, construímos juntos, passo a passo o Ceará em seus 40 anos de história, de luta e de identidade cultural.
Apreciemos o Ceará em cena, com seus 174 anos de teatro e tradição.
E, não esqueçamos do caldeirão cultural: arte do povo; fonte de toda Ciência, irmanada de geração em geração.
Na literatura, lemos o Ceará: “Iracema”, “O Quinze”, “A Normalista”, “Dona Guidinha do Poço”, “Cante Lá Que Eu Canto Cá”. E mais ainda: a Padaria Espiritual; a rica literatura de cordel.
Ai! Nosso padroeiro São José!
Ai! Meu São Francisco,
somos todos teus devotos, com toda religiosidade e fervor;
AI!, Nós vos pedimos bem baixinho, pra cada um de “ocês: Senhor, se eu não rezei direito o Senhor me perdoa...”
Retratamos aqui, um dos momentos históricos e de grande tristeza; roupas brancas, fitas verdes e amarelas;
SILÊNCIO! SILÊNCIO...
Foi a “Passeata das Crianças de 1912.”
Mas, lembremos de toda peleja, do cearense guerreiro, este “cabôco” desbravador, homem-Forte e de fibra; somos todos vaqueiros da cidade e do sertão!
Negrada olha o riso, a alegria!
Vixe! É das das situações mais inusitadas que o povo cearense toma conta: Bode Ioiô, humoristas, “causos” e molecagem.
Êita, Ceará Moleque! Terra de Quintino Cunha, do palhaço Trepinha, dos conhecidos: Praxedinho e de “seu Lunga.”
E, tem mais:Chico Anysio, Renato Aragão e Tom Cavalcante.
Êita, meu Cearasão!
E a nossa narrativa para um cortejo alegre, está quase terminando... Ceará de Luz, cor e artes... Tudo retratado nas artes visuais.
Corra, minha gente! Meu povo,vejam as alas!
Abram caminhos; “pra ver a banda e o nosso cortejo passar.”
Viva, nosso povo cearense! Viva o nosso III Festival!

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