quarta-feira, 21 de julho de 2010

Em Busca dO Fio de Ariane (Mnouchkine) !....

Imagem (acervo pessoal de lúcio leonn): O mestre Maurice Durozier -em 22 de julho de 2010.

O ator e diretor francês volta ao Ceará para uma nova edição da oficina "O teatro é o outro" - de 13 a 23 de julho(manhã\tarde) com apoio da Cultures France – Ministério da Cultura/Governo da França.
________________________________________________________

"Je sais que s'enva le théâtre que j'ai connu. La 'Saudade' me presse le couer, mais le souvenir reste vivante". Lúcio Leonn, em homenagem ,(depoimento escrito e entregue aos franceses)-nov/1988. [sinto que vai embora o teatro que conheci. A saudade aperta-me o coração, mas resta a Lembrança"].
________________________________________________________



¹Oficina “O TEATRO É O OUTRO”
(2ª residência) Fortaleza – Ce: 2010


segunda-feira, 5 de julho de 2010

Abdias do Nascimento em texto: o Teatro Experimental do Negro: trajetórias e reflexões

Por Lúcio José de Azevêdo Lucena (Lúcio Leonn)
(Resenha)

Imagem, (de José Medeiros): Abdias Nascimento numa cena de Otelo, de Shakespeare, Festival do 2º Aniversário do TEN. Rio de Janeiro, Teatro Regina, 1946.

O Texto em análise foi elaborado com a colaboração de Elisa Larkin Nascimento, a partir de outros ensaios do autor. Publicado originalmente na Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, nº 25, 1997, (pp. 71-81).

De ante mão, aponta-nos e revela: exemplos de inquietações e indagações importantes na busca de resoluções ao Teatro do Negro Brasileiro; outrora, eloquentes reflexões focadas nas experiências pessoais, profissionais de Abdias do Nascimento, tendo dado o início, a partir da encenação da obra teatral de Eugene O’Neill (O Imperador Jones), apreciada em aversão, esteticamente, no Teatro Municipal de Lima, capital do Peru (1941); bem como discorre para sinalizar, o percurso trilhado; a busca de resoluções, a criação de um grupo sobre o olhar artístico, dramatúrgico e de intérpretes afro-brasileiros em cena, que resultou, primordialmente, na fundação (1944), no Rio de Janeiro (Brasil), o Teatro Experimental do Negro, ou TEN.
Segundo o texto em estudo, diz o seguinte:
O TEN se propunha a resgatar, no Brasil, os valores da pessoa humana e da cultura negro-africana, degradados e negados por uma sociedade dominante que, desde os tempos da colônia, portava a bagagem mental de sua formação metropolitana européia, imbuída de conceitos pseudo-científicos sobre a inferioridade da raça negra. Propunha-se o TEN a trabalhar pela valorização social do negro no Brasil, através da educação, da cultura e da arte. (...) numa sociedade que há séculos tentava esconder o sol da verdadeira prática do racismo e da discriminação racial com a peneira furada do mito da “democracia racial”, (p.210). Grifos nossos
***
Imagem, (de José Medeiros): Aguinaldo Camargo, José Maria Monteiro e (a grande atriz) Ruth de Souza em O filho pródigo, de Lúcio Cardoso. Rio de Janeiro, Teatro Ginástico, 1947.
***
Por outro lado, sem muita opção dramatúrgica em legado étnico\racial dos negros (em que o protagonismo era seus intérpretes afro-brasileiros em cena), o TEN seguiu seu caminho... Mobilizou a alfabetização do elenco negro, buscou palestras, aulas e exercícios; por outro, recebeu críticas cons(des)trutivas em estréia (1945) com, O Imperador Jones - a mesma peça impactante, de O’Neill, em que se impôs na fundação do grupo, como opção de encenação,naturalmente.
Entretanto, encenações de outras peças de O’Neill seguiram à frente. E, finalmente, só em ano seguinte de 1947 fez-se emergir a Literatura dramática negro-brasileira. Em contrapartida não se pode negligenciar entre nós, O teatro negro como agente de ação social no Brasil e no Exterior, promovido por ações históricas e de trajetória política via comissão, convenção, congresso e a inegável contribuição cultural, de luta e da promoção da coletividade afro-brasileiro por meio de seu principal mestre, Adias do Nascimento.

Encaminho agora, os seguintes Trechos em importância de breve Leitura e sua análise, abaixo:
Teríamos que agir urgentemente em duas frentes: promover, de um lado, a denúncia dos equívocos e da alienação dos chamados estudos afro-brasileiros, e fazer com que o próprio negro tomasse consciência da situação objetiva em que se achava inserido. Tarefa difícil, quase sobre-humana, se não esquecermos a escravidão espiritual, cultural, socioeconômica e política em que foi mantido antes e depois de 1888, quando teoricamente se libertara da servidão”, (p.211).

Conquistara o TEN sua primeira vitória. Encerrada estava a fase do negro sinônimo de palhaçada na cena brasileira. Um ator fabuloso como Grande Otelo poderia de agora em diante continuar extravasando sua comicidade,” (214).

(...) o encontro com o primeiro texto brasileiro escrito especialmente para o TEN: — O filho pródigo, um drama poético de Lúcio Cardoso, inspirado na parábola bíblica. Com cenário de Santa Rosa, o artista que renovou a arte cenográfica do teatro brasileiro, e interpretação principal de Aguinaldo Camargo, Ruth de Souza, José Maria Monteiro, Abdias do Nascimento, Haroldo Costa e Roney da Silva, O filho pródigo foi considerado por alguns críticos como a maior peça do ano teatral, (215).

(...) o TEN montou Aruanda, outro texto especialmente criado para ele, escrito por Joaquim Ribeiro. Trabalhando elementos folclóricos da Bahia, o autor expõe de forma tosca a ambivalência psicológica de uma mestiça e a convivência dos deuses afrobrasileiros com os mortais, (idem).

Há um autor que divide o Teatro Brasileiro em duas fases: a antiga e a moderna. É Nelson Rodrigues. Dele é Anjo negro, peça que focaliza sua trama no enlace matrimonial de um preto com uma branca. (...) Infelizmente, a encenação de Anjo negro (1946) não correspondeu à autenticidade criadora de Nelson Rodrigues. O diretor Ziembinski adotou o critério de supervalorizar esteticamente o espetáculo, em prejuízo do conteúdo racial. Foi usada a condenável solução de brochar um branco de preto para viver no palco o Ismael. Tal fato estava intimamente ligado a outro: Anjo negro teve muita complicação com a censura, (pp.216-217).

No Brasil, enfrentando o tabu da “democracia racial”, o Teatro Experimental do Negro era a única voz a encampar consistentemente a linguagem e a postura política da négritude, no sentido de priorizar a valorização da personalidade e cultura específicas ao negro como caminho de combate ao racismo, (p.218).

O TEN propunha-se a combater o racismo, que em nenhum outro aspecto da vida brasileira revela tão ostensivamente sua impostura como no teatro, na televisão e no sistema educativo, verdadeiros bastiões da discriminação racial à moda brasileira, (p. 221).
Para conclusão,

(...) o TEN se desdobrava em várias frentes: tanto denunciava as formas de racismo sutis e ostensivas, como resistia à opressão cultural da brancura; procurou instalar mecanismos de apoio psicológico para que o negro pudesse dar um salto qualitativo para além do complexo de inferioridade a que o submetia o complexo de superioridade da sociedade que o condicionava, (p.223).
***

Imagem, (de German Lorca):(A grande Atriz) Léa Garcia como a velha em O Imperador Jones, de Eugene O'Neill, Teatro São Paulo, São Paulo, 1953.

PALAVRAS-CHAVE:

Movimento artístico social Teatro do Negro Brasileiro Fundação histórica do Teatro Experimental do Negro (TEN) Cultura afro-brasileira Política do movimento negro no Brasil Abdias do Nascimento ETC.

O autor: Abdias do Nascimento foi um dos fundadores da Frente Negra Brasileira (importante movimento iniciado em São Paulo) em 1931, criou o Teatro Experimental do Negro (TEN) em 1944, foi secretário de Defesa da Promoção das Populações Afro-Brasileiras do Rio de Janeiro, deputado federal pelo mesmo Estado em 1983 e senador da República em 1997. É autor de vários livros: Sortilégio, Dramas para negros e prólogo para brancos, O negro revoltado, entre outros. Também é Professor Benemérito da Universidade do Estado de Nova York e doutor Honoris Causa pelo Estado do Rio de Janeiro.

Mais informação íntegra - Texto de Abdias do Nascimento - recebido e aceito para publicação em 5 de dezembro de 2003. - Teatro Experimental do Negro: trajetória e reflexões. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ea/v18n50/a19v1850.pdf Acesso: junho de 2010.

E mais, sobre: O Teatro Experimental do Negro (Abdias do Nascimento). Visite: http://www.abdias.com.br/teatro_experimental/teatro_experimental.htm


Exposições Abdias do Nascimento-90 anos (biografia, na arte e cultura etc). Acesse: http://www.abdias.com.br/

O TEXTO (PEÇA): O Imperador Jones, de Eugene O’Neill. Disponível em: http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&langpair=en%7Cpt&u=http://www.eoneill.com/texts/jones/contents.htm Acesso: junho de 2010

Ativista do movimento negro, Abdias Nascimento morre no Rio aos 97 anos

Ele estava internado no Hospital dos Servidores com problemas cardíacos

iG Rio de Janeiro|24/05/2011 16:42- Atualizada às 19:01

Foto: Alaor Filho/Agência Estado

O ativista durante uma entrevista no Rio de Janeiro em 2004

Ativista histórico na luta contra o racismo, Abdias Nascimento, de 97 anos, morreu na noite da última segunda-feira (23), no Rio de Janeiro.

Jornalista, ex-deputado federal e ex-senador, Abdias estava internado no Hospital dos Servidores, no centro, vítima de problemas cardíacos.


http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rj/ativista+do+movimento+negro+abdias+nascimento+morre+no+rio+aos+97+anos/n1596975782474.html


***
Licenciatura em Teatro do Programa Pró-licenciatura. UnB/UNIR/MEC
Módulo Historia do Teatro no Brasil
Tutorias Sanântana Vicencio \ Maria Cristina
Aluno Lúcio José de Azevêdo Lucena
Atividade 5 resenha do texto de Abdias do Nascimento, “Teatro Experimental do Negro: trajetórias e reflexões”
Professora: Rosemeire Gonçalves
05/07/10- Pólo Ceilândia-DF (19h25min


sexta-feira, 11 de junho de 2010

A TECNOLOGIA EM INTERFACE PEDAGÓGICA - REFLEXÕES DE ENSINO E PRÁTICA: ESTUDOS DIRIGIDOS (MÉMORIAS) SOBRE ARTE-EDUCAÇÃO NAS ESCOLAS PÚBLICAS MUNICIPAIS

FORTALEZA-CE, CONEXÃO - UM ARTISTA EDUCADOR
[Lúcio José de Azevêdo Lucena -Lúcio Leonn]

“A escola não dará conta de ensinar todos os conteúdos da arte, mas precisa garantir um determinado conjunto que possibilite ao aluno ter base suficiente para seguir conhecendo.” PCN\Arte, (1ª Parte): Aprender e Ensinar Arte, 2001, (p.46).

INTRODUÇÃO
O presente texto procura refletir, brevemente, a contextualização de algumas descrições focadas em experiências\vivências\memórias da sala de aula, ao utilizar a tecnologia em Interface pedagógica (linguagens artísticas: campo da arte educação, conexão: mídia eletrônica), tendo como mediação um professor de arte (na escola) \ artista educador (intérprete de cena) - professor especialista em arte e educação - também aluno docente do *Curso Licenciatura em Teatro do Programa Pró-licenciatura. UnB/UNIR/MEC- Universidade de Brasília\Instituto de Arte (IdA).

Logo, percebe-se que, ao assumir o compromisso de tempo, do caminhar pelo processo investigativo via formação docente no ensino de *teatro virtual e mesmo que presencial, tem sido um desafio. Entretanto, para tornar-se completo como profissional, também da educação, situa-se que, o campo da educação tecnológica tende a revelar um professor antenado e alfabetizado, pelas novas tecnologias da informação e da comunicação digital.

Então, uma das possibilidades investigativas encontra-se em sinalizar atividades acadêmicas (a formação continuada em serviço - licenciatura no campo das artes-Teatro (UnB).), especificamente, em etapas de tarefas: Módulo(s) Tecnologia(s) Contemporânea(s) na Escola, dentre outras atividades modulares realizadas pelo professor-estudante junto a seus alunos(as) mediado pelo fazer\artístico, da avaliação em ambientes intertransdisciplinares: Escola(Trabalho aliado à prática\teoria(educação e sala de aulas)); Universidade\UnB (estudos acadêmicos); Arte(linguagens em produção\experienciação e instrumentalização artística\arte de intérprete.) e, as TICs(recursos da Web, difusão, etc.).

Imagens (acervo pessoal): Projeto Teatro Aplicado à Educação (2008): Interpretação Cênica/Emeif Herbert de Sousa-alunos-Laboratório de Informática Educativa (3ª e 4ª série) Bastidores-pátio - apresentação da peça: "Os Três Magos", de Érico Verissimo.

A ARTE NA REDE: O REGISTRO ON LINE

Metodologicamente, o olhar de educador aqui se caracteriza a partir de seus registros pessoais e profissionais via ensino\prática no campo de atuação em teatro, vídeo; também da investigação em docência artística nas (EMEIFs), Escolas Municipais de Ensino Infantil e Fundamental (três escolas distintas situadas na periferia) cidade de Fortaleza (Ce), em ambiência de risco pessoal\social.

Portanto, da motivação do professor aprendiz em aprender pelo “novo” sistema tecnológico, tem sido a mola propulsora a uma grande questão referente à formação profissional de hoje. Como adquirir as melhores estratégias em tempo de ensino e de aprendizagem à distância para nosso campo real de atuação, a sala de aula? Além de seleção de conteúdos, planejamentos, estratégias de ensino, do plano anual\disciplina e da didática. Uma das respostas pode estar no documentar (on line); em procedimentos de atividades; de pesquisa do professor(a). Tanto que, fundamenta-se com o seguinte, pensar:

“Neste plano, o professor também é um criador de formas de registrar e documentar atividades. Tais registros desempenham papel importante na avaliação e no desenvolvimento do trabalho, constituindo-se fontes e recursos para articular a continuidade das aulas e devem ser coerentes com o projeto da escola e do professor na sala de aula. São, entre outros, relatos de aula, as observações sobre cada aluno e sobre as dinâmicas dos grupos, a organização dos trabalhos realizados pelos alunos segundo critérios específicos, as perguntas surgidas a partir das propostas, descobertas realizadas durante a aula, os tipos de documentação, gravações, propostas de avaliação trabalhadas durante as aulas e as propostas de registros sugeridas pelos alunos, como fichas de observação, cadernos de percurso, “diários de bordo” e instrumentos pessoais de avaliação.” (PCN\Arte, 2001, p.97: (2ª Parte): OS INSTRUMENTOS DE REGISTRO E DOCUMENTAÇÃO DAS ATIVIDADES DOS ALUNOS.).

Consequentemente tem-se a partir do processo da investigação, perspectiva da ação escolar colaborativa, e como exemplificação aqui, perceberemos a criação de textos, de desenhos ilustrativos, etc.; do jogo didático intencional em sala de aula entre professor\aluno(a) e, por fim, de registro e difusão; acessos para consultas e leituras via Blog\on line.


Imagem: [Arte & informática educativa]. E, mais, educandos à liderança na Emeif Herbert de Sousa. Laboratório de Informática Educativa (LIE). Fortaleza-CE.

Abaixo, segue - Atividades Pedagógicas e Artísticas, em contextualização descritiva em ordem de apresentação aqui, focadas em experiências\vivências\memórias da sala de aula ao utilizar a tecnologia em Interface pedagógica\ locação portal Internet.

Experienciar... Ação de Formação Docente\discente: a Tecnologia e a Telepresença do corpo em ambientes - Atividades Pedagógicas e Artísticas

Aprendemos através da experiência, e ninguém ensina nada a ninguém. Isto é valido tanto para a criança que se movimenta inicialmente chutando o ar, engatinhando e depois andando, como para o cientista com suas equações. Se o ambiente permitir, pode-se aprender qualquer coisa, e se o individuo permitir, o ambiente lhe ensinará tudo o que o que ele tem para ensinar. ‘Talento’ ou ‘falta de talento’ tem muito pouco a ver com isso.” (A Experiência Criativa,Viola Spolin (2006, p.3).

O ambiente experienciado da sala de aula (espaço real) se prolifera através de exercícios pedagógicos em relação arte\tecnologia no ensino de arte (espaço virtual) e\ou, vice-versa.

Assim, nas escolas públicas municipais da cidade de Fortaleza (Ceará) o suporte pedagógico em arte-educação e da sala de aula - Ensino Fundamental II - 6ª a 9ª série, encontra-se nas modalidades artísticas: Teatro Dança, Música, Artes Visuais; seguindo o Projeto Político Pedagógico da escola, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN/Arte-1997), das diretrizes pedagógicas da Prefeitura Municipal de Forataleza(PMF)\Secretaria Municipal de Ensino (SME). Além de familiarização com as três ações básicas (de ler obras de arte, de faze arte e contextualizar (anteriormente, (1987) em lugar de contextualizar, apontava-se a história da arte, como eixo de abordagem).) - Proposta Triangular para o ensino de artes visuais (na época metodologia triangular), sistematizada pela professora e pesquisadora, Ana Mae Barbosa. E, por fim, o plano anual do professor – disciplina Arte. Do ensino\aprendizagem mediada pela informática educativa, via laboratórios (LIEs).

No entanto, da realidade do/a Professor/a de Arte, (não somente na PMF), é desdobrar-se em sala para mediar às quatro linguagens, quando ele tem muitas vezes, formação específica em uma. Assim, como também o Arte-Educador/a precisa ir mais além, estar á frente de seu tempo, precisa ser professor/a-pesquisador/a aliando-se sempre a novos desafios profissionais; como de lidar com ensino da Arte e acesso às tecnologias contemporâneas em serviço.

Logo, PORTELLA (2002), diz o seguinte:
“A Internet é um instrumento poderoso de ação artístico–cultural, por sua inédita capacidade de levar imagens, textos, e documentos hipermídia, possibilitando assim gerar novos paradigmas no âmbito das propostas do ensino de Arte. Entendendo a arte como uma maneira de organizar variadas experiências, é fundamental integrá-la ao processo educativo, principalmente ao definir sua contribuição para o desenvolvimento de processos mentais.” (Capitulo 11: Aprendizagem da Arte e o Museu Virtual do Projeto Candido Portinari. Subtópico Internet: cultura e poder, (p.124).

Vejamos abaixo algumas atividades de exercícios em proposições de experiências organizadas, a fim de ilustração, de exemplificação e da avaliação de ação didática, em diversos meios pedagógicos, de acesso digital.

Atividades de Contextualização Descritiva - pontos de vista de aluno(as)
"A palavra performance em inglês, significa em sua tradução: execução, desempenho, interpretação, espetáculo... E tem relação, porque a arte da performance estar na execução, no desempenho do artista em cena." (aluno Edson Rafael Santos (9 ano C, 2009.) - Emeif Professora Lireda Facó

Da primeira atividade pedagógica ILUSTRATIVA realizada fora direcionada aos alunos do 9º ano Emeif José Ayrton Teixeira; logo em seguida, aos alunos, (mesma série) da Emeif Profª LiredaFacó, que ordenou-se, assim:

• Recursos de abordagens: sala de aula\Internet\estudos domiciliares.
 Performance: O quê move o corpo (?). 1, 2, 3... Vídeo You Tube (ano 2009): Acessar: http://notasdator.blogspot.com/2009/11/performance-o-que-move-o-corpo-1-2-3.html
Parte 1: Barbear_dor
Parte 2: Trans_maker
Parte 3: Privado_a
[Intérprete criador Lúcio Leonn, (professor da disciplina).]

1. Parte teórica:
I) Responda a partir de suas pesquisas e estudos direcionados em sala de aula sobre “Performance” – as indagações, abaixo:
a) em sua opinião, o que é Performance?
b) no Brasil, quando se iniciou o movimento em prol da Performance?
c)ao traduzirmos a palavra: “Performance” - do inglês para o português – o que pode significar? Há realmente, uma relação em grau de semelhança ou, de diferença também, com a palavra (o termo), em português? Justifique sua resposta.

2. Parte analítica:
II) assista e analise um dos (03) três vídeos locados no portal You Tube - sobre Performance (http://notasdator.blogspot.com/2009/11/performance-o-que-move-o-corpo-1-2-3.html). Escolha apenas um Vídeo. Em seguida, descreva a partir de seu ponto de vista, a cena apresentada.

Imagens: Parte 1: Barbear_dor (Centro). Parte 2: Trans_maker (à esquerda). Parte 3: Privado_a (à direita)

Do resultado (REFERENTE PARTE II: análise de vídeo, de Estudos sobre a Performance), fiz algumas seleções da escrita de alunos, a fim de compor o texto, abaixo, em depoimentos.

– Sobre o vídeo “Trans_maker” (Imagem à esquerda, acima)
–“No vídeo ele começa a dançar e a mover o corpo, mostrando que o corpo se move sem precisar ter sido ordenado a mover daquele jeito. Ele (professor) só se moveu e depois pegou uma sacola, antes disso, ele pega uma camisa próxima à tela e, logo depois a veste. Antes da sacola, ele ficou com uma peruca e depois a tirou. E, continuou a dançar. Pega uma vasilha\máscara e coloca dentro da sacola. Em seguida, mostra em imagem final, o que Ele utilizou ou o que moveu o corpo para realizar no vídeo: o radio, a mochila, a peruca e o CD\música que ele utilizou nos três vídeos.” (aluno Benedito Alves)
 -“Pelo que entendi do vídeo ele mostra que o corpo move-se como robô e no dia-a-dia o nosso corpo não precisa mover-se como máquina e sim, normal.” (aluna Lara Silva)

-Sobre o vídeo “Barbear_dor” (Imagem centro, acima)
-“O nosso corpo nos permite fazer escolhas. Muitas delas são feitas através de sensações. Sensações como a dor. Muitas vezes, fazemos escolhas sem saber suas sensações; uma delas é a escolha da higiene e de estar “bem”, de ficar bonito. (...) Aquelas escolhas promovem reações de ‘dor’; no caso de barbear, também. (...) Quando nos cortamos, não paramos o nosso corpo mesmo sentindo dor, em nome da beleza exterior. Quer demonstrar isso no vídeo.” (aluna Rosália)
 - “Quem olha para a maçã e para o barbeador; percebe dois elementos que move o corpo. (...) a maçã que ele come mexe com o corpo e logo depois começa a barbear seu próprio rosto; movimentando seu corpo todo. Ele deu uma expressão de dor ao falar do barbear ‘dor’, se movimentando. Ao terminar lavou o rosto e mostrou ser outro homem, através de movimento a barbear seu rosto.” (aluna Rosiane Moura)
 -“Esse vídeo mostra que qualquer movimento que você queira fazer mexe com seu corpo por inteiro.” (aluna Nágila Maria)
 -“(...) No meio do vídeo, para se distrair ele começa a cantar; tira a barba muito rápida. No final do vídeo, Ele canta novamente, enxágua o rosto; tira a camisa e joga sobre a tela. E, por todos esses pontos do vídeo, o achei super interessante.” (aluna Esterlane)
 -“O vídeo (...) fala sobre uma indecisão. O que pode mover o nosso corpo? O ator fica indeciso entre o barbeador e a maçã. Então, acaba se decidindo a comer a maçã a se barbear. Só que, o que chama a atenção é que seus dentes são falsos. Ele os tira para comer a maçã. Quando ele se barbeia (...) ele usa a câmera como espelho. Em fim, o que move o corpo nesse vídeo? São as nossas escolhas no dia-a-dia. Isso move o nosso corpo.” (alunos Lucas e Sabrina)

-Sobre o vídeo “Privado_a” (Imagem à direita, acima)
-“O vídeo nos mostra uma situação cotidiana, mas abordada de uma forma artística, quase surreal, que parece não ter sentido algum. No entanto, se prestarmos atenção, notamos que é uma pessoa comum, em seu momento íntimo; no banheiro.” (aluno Thiago)
 -“O vídeo mostra uma forma engraçada de um momento de ir ao banheiro. O personagem parecia estar dançando com a própria roupa. Sem falar nada ele vai embora; assim, como veio: sem sentido.” (aluno Rafael)
 - “O personagem estava 'nu', segurando sua roupa e de máscara. Começou a dançar de forma engraçada; fez suas necessidades fisiológicas e foi embora. Não tem sentido, mas dá para rir um pouco...” (aluno Ismael).

Da segunda atividade pedagógica ILUSTRATIVA realizada e direcionada aos alunos 4º ano na EMEIF Herbert de Sousa (Laboratório de Informática Educativa-LIE), segue.

(reprodução)
• Recursos de abordagens: sala de aula (LIE)\ plano de aula\Internet\site
O Menino Buliçoso Um menino exercitando sua curiosidade dentro de casa... SÃO ALGUNS RESULTADOS DE ATIVIDADES-Textos com Contos infantis ilustrados sem texto _ Leituras de imagens digitais narrativas e da escrita no Caderno. >Vide resultado ON LINE (como também, há o plano de aula para execução), em: http://notasdator.blogspot.com/2010/01/plano-de-aula-em-arte-disciplinariedade.html

Da terceira atividade pedagógica ILUSTRATIVA realizada e direcionada aos alunos 3º e 4º ano na EMEIF Herbert de Sousa (Projeto Teatro Aplicado), configurou-se.

• Recurso de abordagens: sala de aula (LIE)\Internet\ registros on line
–JOGOS dramáticos e teatrais-(conceito: Ação (espaço/tempo)): SUGESTÕES DE ATIVIDADES - via Projeto de Teatro Aplicado. Jogo de Espelho Corporal (imagem, acima).>Vide resultado em: http://notasdator.blogspot.com/2009/10/jogos-dramaticos-e-teatrais-conceito.html

Ler também outros textos\exercícios\imagens propostas em situação de aprendizagem significativa:

"Igualdade, diversidade e inclusão social do negro no Brasil: A presença negra nas artes brasileiras." Acesso: http://notasdator.blogspot.com/2008/04/plano-de-aulaigualdade-diversidade-e.html

Para melhorar (ou implementar) o Ensino do Teatro na Escola. Acesso: http://notasdator.blogspot.com/2009/12/para-melhorar-ou-implementar-o-ensino.html

PROGRAMA INTEGRAÇÃO AABB COMUNIDADE-FORTALEZA-CE
UM EIXO SOCIAL EM ARTE & EDUCAÇÃO. Acesso: http://notasdator.blogspot.com/2008/04/programa-integrao-aabb-comunidade.html
Sob à luz de saberes, estudos e interação da psicologia - constrói-se conhecimento pedagógico. Acesso: http://notasdator.blogspot.com/2008/11/sob-luz-de-saberes-estudos-e-interao-da.html
***
Conclusão

“A interatividade é a palavra chave das tecnologias digitais propiciando a interação no sentido estrito do termo. A contemplação estéril, baseada ma mera interpretação de ordem mental é trocada pelo conceito de relação. A interatividade se dá através de dispositivos de acesso que permitem ao antigo espectador provocar mutações no que lhe é proposto, num diálogo, numa partilha com o pensamento do artista. Muitas obras nem mesmo existem se não houver esta participação.” (Diana Domingues, Alguns conceitos básicos para pensar arte\tecnologia): As tecnologias digitais favorecem a arte da participação, a arte da comunicação, (Item 4, 1999, p. 44.)

Da tecnologia e da (tele)presença de corpos em ambientes experienciados (real\virtual)- Atividades Pedagógicas e Artísticas, possibilitaram aos educados experienciar antes, de maneira breve e modo geral; o saber fazer em proposições de conteúdos instigados em sala de aula, exercícios problematizados.
Segundo MARTINS (1998), capitulo Ensino de Arte: Uma Atitude Pedagógica, ela diz: “Ensinar arte é viver arte. Para vivê-las, os artistas operam idéias e sua concretização. E a escola?” (Subtópico, Projetos em ação para o ensino de arte, (p.165.)

Muitos dos educandos presentes em situações didáticas apresentadas aqui, se observaram em registro de avaliação informatizadas em ação artístico-didática, pela primeira vez. Como também, de contato imediato com um artista educador em ação. Nesse caso seu professor de Arte.
Ainda, em fundamentação teórica, MARTINS (idem): capitulo Em Busca de Uma Aprendizagem significativa; confirma: “O educador é um mediador entre a arte e o aprendiz, promovendo entre eles um encontro rico, instigante e sensível.” (Subtópico, A nutrição artística, p.141.)

Um encontro divergente, ao mesmo tempo confluente de sentidos artísticos ou, de estranheza ímpar. E, no dizer dos educandos: “é engraçado vir o professor no vídeo, fora da sala de aula.”
Em outro caminho, educandos nortearam suas reflexões para o campo contemporâneo da arte da performance; de escrita da palavra articulada pela leitura visual, por meio da ampliação e da análise\percepção descritiva em situação de aprendizagem coletiva; com sentido de: aprender a aprender para olhar com possibilidade de ato de invenção\criação, de atribuir significados pessoais e estéticos.

Por fim, além de contribuir para manter em documentação_disposição_locação e da recepção de tais atividades pedagógicas e de apontar um rigor artístico\cientifico em registros; busca-se à apreciação do telepúblico via Internet (blog Notas D'Ator/educador, [Copyright©-2007-2010], como parte e notas de divulgação; de cumplicidades, mesmo que, imagéticas.
__________________
* Atividade: Trabalho de produção do texto final Módulo. Licenciatura em Teatro do Programa Pró-licenciatura. UnB/UNIR/MEC. Módulo Tecnologias Contemporâneas na Escola 3.Tutorias Eliana Severino dos Santos\ Maria Cristina. Aluno Lúcio José de Azevêdo Lucena. Professora: Luzirene Rego. 28/05/10 -E- 11\06\10-Pólo Ceilândia-DF (manhã)

Fontes consultadas

Arquivo pessoal e experiência do ator e Artista-educador Lúcio José de Azevêdo Lucena - Lúcio Leonn.

BARBOSA, Ana Mae (org.). Inquietações e mudanças no Ensino da Arte. In: Capitulo 11: Aprendizagem da Arte e o Museu Virtual do Projeto Candido Portinari. (Subtópico Internet: cultura e poder, (p.124) de Adriana Portella. São Paulo:Cortez, 2002.

Brasil. Secretaria de Educação Fundamental, Parâmetros curriculares Nacionais: Arte, Brasília: MEC/SEF 1, – 1998. 130p.

CELESTE, Mirian Celeste Martins; PICOSQUE, Gisa Picosque e GUERRA, Maria Terezinha Telles. Didática do ensino da arte: poetizar, fruir e conhecer arte. IN: Capitulo: Em Busca de Uma Aprendizagem significativa; Subtópico, A nutrição artística,(p.141). Capitulo Ensino de Arte: Uma Atitude Pedagógica. (Subtópico, Projetos em ação para o ensino de arte, (p.165.) - São Paulo: FTD, 1988. 198p.

PILLAR, Analice Dutra (org.). A Educação do Olhar no Ensino das Artes. In: Capitulo 3 – Tecnologias, produção artística e sensibilidade dos sentidos. (Subtópico: Alguns conceitos básicos para pensar arte\tecnologia): As tecnologias digitais favorecem a arte da participação, a arte da comunicação, (item 4, p. 44.), de Diana Domingues. Porto Alegre: Editora Mediação (Cadernos de Autoria), 1999.

SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro / Viola Spolin; [tradução e revisão Ingrind Koudela e Eduardo José de Almeida Amos]. - São Paulo: Perspectiva, 2010. - (Estudos; 62 / dirigida por J. Guinsburg.), 349p.

Artigos de acesso digital:

A Figura presencial do/a Professor/a de Arte ou do Arte-educador/a. Disponível em: http://notasdator.blogspot.com/2009/10/figura-presencial-doa-professora-de.html

Blog Notas D'Ator/educador, [Copyright©-2007-2010]. Acesso online: http://notasdator.blogspot.com/

Jogo de Espelho Corporal –JOGOS dramáticos e teatrais-(conceito: Ação (espaço/tempo)): SUGESTÕES DE ATIVIDADES - via Projeto de Teatro Aplicado. Disponível em: http://notasdator.blogspot.com/2009/10/jogos-dramaticos-e-teatrais-conceito.html

Plano de Aula em Arte [InterDisciplinaridade Língua Portuguesa]: Alunos 3ª \ 4ª série do fundamental I. Disponível em: http://notasdator.blogspot.com/2010/01/plano-de-aula-em-arte-disciplinariedade.html

Performance: O quê move o corpo (?). 1, 2, 3... Trata-se de performance em série de três, com o intérprete-criador Lúcio Leonn. [série gravada em take 1 - sequência 1 (in); locação (noite): Kasa-Sede e gravação da parte 2: Trans_maker em Vila das Artes-Escola de Dança.]- Disponível em: http://notasdator.blogspot.com/2009/11/performance-o-que-move-o-corpo-1-2-3.html

Para melhorar (ou implementar) o Ensino do Teatro na Escola. Disponível em: http://notasdator.blogspot.com/2009/12/para-melhorar-ou-implementar-o-ensino.html
Sob à luz de saberes, estudos e interação da psicologia - constrói-se conhecimento pedagógico. Disponível em: http://notasdator.blogspot.com/2008/11/sob-luz-de-saberes-estudos-e-interao-da.html

Questões de Estratégias de ensino-aprendizagem no Ensino de Teatro Virtual ou de modo Presencial: minhas futuras apropriações. Disponível em: http://notasdator.blogspot.com/2009/03/questoes-de-estrategias-de-ensino.html

domingo, 18 de abril de 2010

Elaboração de Plano de Aula: portascurtas em sala de aula.

Curta Escolhido: “Juro que Vi: O Boto”

por Lúcio José de Azevêdo Lucena.

Proposta de Plano de Aula
 (Imagens\divulgação)
Curta Escolhido:
“Juro que Vi: O Boto”
Gênero Animação
. Diretor Humberto Avelar. Elenco Regina Casé (voz). Ano 2004. Duração 11 min. Cor Colorido Bitola 35mm. País Brasil. Local de Produção: RJ. Produção da MultiRio - Empresa Municipal de Multimeios. Produção Patrícia Alves Dias Roteiro Alunos das escolas da Prefeitura do Rio.
Sinopse:
Um caso de amor entre uma moça e um golfinho, história baseada em lenda do folclore brasileiro.

Justificativa de escolha: ampliar e complementar a aprendizagem sobre o Folclore Brasileiro, especialmente Lendas, - conforme revisão de estudos em aulas anteriores (vide abaixoConceitos), inclusive, sobre outras manifestações folclóricas (Literatura de Cordel).
Área: Arte.
Interdisciplinaridade: Geografia\História\Educação Religiosa\Língua Portuguesa\Artes Visuais.
Tema Transversal: Pluralidade Cultural
Série: 6ª ano - Ensino Fundamental II.
Fruição com alunos (as) \ Objetivos:
Despertar o interesse e reconhecimento para o Folclore Brasileiro, especificamente, no que diz respeito as nossas lendas, ou entre outras manifestações folclóricas (danças: dramáticas e/ou espontâneas).
Discutir as relações sociais entre membros familiares, pessoas\comunidade: valores\pertencimento.
Complementar aulas anteriores, como: Literatura de cordel \ Literatura oral\Lendas.

Conceitos:
-O que significa a terminologia Folk-Lore e suas Manifestações Folclóricas.
-Origem e Evolução da Lenda: O Boto Cor- de-Rosa.
-Lendas (origem e variações folclóricas por região/comunidade).
-Literatura Oral (causos) versus Literatura de Cordel (definição, formato, tema, capa\artes visuais etc).
-As Relações Humanas: Um bem necessário.
-Exibição\apreciação do curta (recepção).

Tempo: quatro aulas, de 1h30min cada.

Procedimentos:
a)Em sala de aula e\ou no Laboratório de Informática Educativa (LIE), após estudos anteriores (trabalhados conceitos acima) sobre o Folclore Brasileiro (Lendas); é exibido o referido curta (supracitado) onde os alunos\as deverão no final responder em forma de Debate às seguintes indagações, abaixo:

- onde se passa a história narrada e exibida (área geográfica)? E, o que acontece na cena? (durante o inicio - meio e fim - (resumo oral)
-quem são os personagens e suas relações pessoais? Como se comportam e se relacionam entre si?
-quem é o boto cor- de- rosa? E, por que o boto cor–de- rosa é considerado uma Lenda? Qual fenômeno da natureza faz com que o Boto se torne gente (homem), e durante a comemoração de qual festa? Por que ele, o Boto usa (indumentária)\ chapéu?
-outras questões poderão surgir no desenrolar do debate. Como: onde e como as pessoas da história vivem\moram em comunidade ribeirinha. Etc.


b)Contextualização:
• Criação de desenhos, utilizando elementos visuais (linhas, planos, cor etc.) com temática Boto Cor-de-Rosa, para ilustração de texto.
• Criação de texto cordelista sobre o tema assistido (rima, etc) ou texto simples: registro (síntese) da história apreciada em vídeo\curta.
• Leitura em sala de aula, apreciação e\ou troca da produção de alunos entre eles.

BREVE BIBLIOGRAFIA INDICADA

HADDAD, Denise Akel e MORBIM, Dulce Gonçalves. Arte de fazer Arte. 6ª série-1ª edição. São Paulo: Editora Saraiva: 1999.

ROSA, Nereide Schilaro Santa. Arte na Sala de Aula - 5º Ano Ensino Fundamental. 1ª edição. São Paulo: Editora Escala Educacional: 2007.

ZINGONI, Rita Helena de A. M.. História de Mindinho, um Boto Cor-de-Rosa que nasceu na bacia Amazônica. Editora: Gryphus: 2003.

MEIO ELETRÔNICO
Onde encontrar- Visite o PortaCurta e assista: “Juro que Vi: O Boto” –- Disponível em: http://www.portacurtas.com.br/pop_160.asp?cod=3306&Exib=1 (2002-2009 Portacurtas.com.br - Alguns Direitos Reservados)

E mais, visite:

Minhas Histórias Infantis (blog) - (boto cor-de-rosa): http://minhashistoriasinfantis.blogspot.com/2009/07/boto.html Acesso: 18 de abril de 2010.

Aprenda fazer um cordel
(Noções de métrica e rima) http://www.cordeldobrasil.com.br/aprenda%20a%20fazer%20um%20cordel.html Acesso: 18 de abril de 2010.

Suplemento didático: lendas e personagens, terminologia folk-lore, etc... Disponível em: http://www.moderna.com.br/catalogo/encartes/85-16-02831-3.pdf Acesso idem.

***
Atividade 3- Elaboração de Plano de Aula: portascurtas em sala de aula. Aluno-Professor Lúcio José de Azevêdo Lucena. Professora formadora: Luzirene Rego. 19/03/10-DF (1h33min)Licenciatura em Teatro do Programa Pró-licenciatura. UnB/UNIR/MEC. Módulo Tecnologias Contemporâneas na Escola 3.Tutorias Eliana Severino dos Santos\ Maria Cristina. Universidade de Brasília(UnB)/Instituto de Artes (IdA)

terça-feira, 13 de abril de 2010

*Síntese do artigo de Maria Candida Moraes: tecendo a rede, mas com que paradigma?

Diante do Texto, nos coloca a par do avanço da tecnologia, interface nos cursos modalidade EAD, da escola, (projetos informativos educacionais). E com a evolução surgem diversas questões: a formação do professor\a perante as TIC em defasagem; do uso operacional; de cunho didático; da concepção errônea sob o processo de ensino\aprendizagem (informativos; instrutivos e obsoletos), a partir da fruição de ferramentas computacionais em rede.
Enfim, “do novo” convivendo com “o velho” sistema educacional. Oposto à concepção educacional que, privilegie vertentes em construção de conhecimento criativo e de reflexão pelo uso adequado e hábil dos procedimentos computacionais (saber fazer, ser, conviver); de ambiência virtual de aprendizagem\ensino cumulativo e colaborativo, mediados entre o sujeito e a pesquisa; do saber em foco\ambiente de comunidades virtuais.

Indica-nos ainda, o paradigma da ciência em construção da inteligência humana por meio de valores sociais, de ambientes em aprendizagens interativas justapondo-se às novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC) e não, o simples acesso tecnológico.
A autora, ao nortear o percurso do professor\a junto as TIC, indica a busca de raízes ontológicas para compreender o total e entorno da realidade, ao mesmo tempo, visa entender sua prática educacional em estado inovador.

Conclusão, o pensamento eco-sistêmico (em parâmetros: organização, de auto-organização e conectividade ou, transdisciplinar) é a saída apontada; convergir na Educação e em rede virtuais com novas metodologias em consciência ecológica renovada; outrora, de pensar ao novo currículo escolar eco-sistêmico. De assumir a dimensão humana como base total de cultivo da existência; dos momentos de aprendizagens\ensino e saberes virtuais mobilizados pela ação em grupo. De estados de valores humanos em evolução tecnológica para causar desenvolvimento de igualdade planetária e não desigualdade, em nome da construção do conhecimento multidimensional.
___________
Texto completo em: http://inforum.insite.com.br/arquivos/6226/Tecendoa_Rede.pdf

“Tecendo a rede, mas com que paradigma?” foi o questionamento da conferencista Maria Cândida Moraes, da Universidade de São Paulo (USP) e Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), na 5ª Educática – Tecnologias da Informação e da Comunicação Educacional. Realizado em: 04/06/2004.

*Atividade 2- síntese do artigo: tecendo a rede, mas com que paradigma? Aluno Lúcio José de Azevêdo Lucena. Professora: Luzirene Rego. 13/03/10- Pólo Ceilândia-DF (16h40min)Licenciatura em Teatro do Programa Pró-licenciatura. UnB/UNIR/MEC. Módulo Tecnologias Contemporâneas na Escola 3.Tutorias Eliana Severino dos Santos\ Maria Cristina

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Cada máscara cobra um tipo específico de gestualidade: qual é o corpo de sua máscara? Qual é o seu modo de se locomover?

Com qualquer outra forma de máscara -Experimente e comunique sua vivência através de uma cena estática. Lembre-se que cenas estáticas potencializam o sentido da máscara e devem traduzir seu trabalho gestualSobre a importância da preparação corporal do ator teatral,

Preparação-1ª imagem neutra, pondo a máscara (adquirida em Rio 2008), “tradicional”
Imagem 1>
Atuando com máscaras: economia e funcionalidade



(Roubine, (1987) - A Arte do Ator: O Gesto e O Corpo) deve-se considerar que o corpo e o gesto são a interação viva entre as possibilidades reais (corpo biológico) e da criação (corpo artesanal). Assim, os procedimentos das ações e do saber estar em cena, resulta teatralidade (corpo arquitetônico), logo, exalta o contexto do processo e, acima de tudo, revela o trabalho do intérprete, como todo o conjunto cênico em uníssono (Enxerto meu). IN: Jean Roubine - A Arte do Ator (pdf) (rev)

[Imagens captadas sem flash-fotocelular mega pixels: f=45mm1:2.6]















Licenciatura em Teatro do Programa Pró-licenciatura. UnB/UNIR/MEC
Módulo Laboratório de Teatro 3
Tutorias: Sanântana Vicencio/Maria Cristina
Aluno Lúcio José de Azevêdo Lucena
Atividade 3 – TAREFA 2 : uso de máscara
Professora Felícia Johansson
12/03/10- DF (20h10min)

****
1. Ver corpo inanimado pelo uso da mesma máscara-fotos aqui pelo aluno-ator, em outra situação video-dramática em (O quê move o corpo(?). Parte 3: "Privado_a," performance em série de três, com Lúcio Leonn.): http://www.youtube.com/watch?v=FwEYdNL0pgY

terça-feira, 6 de abril de 2010

“Tecnologia na escola: criação de redes de conhecimentos”

Artigo de Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, (pp.71-73).
Por Lúcio José de Azevêdo Lucena (Lúcio Leonn)
(Resenha)
O Texto nos aponta à formação de educadores orientada pela transição inovadora contemporânea e do saber-fazer pedagógico pela prática, alicerçada em processo de saber-ser educador, tendo como eixo a realidade escolar (epistemologia da prática) e de base em procedimentos pedagógicos (o currículo) com o uso das TIC.

A autora, Elizabeth Bianconcini de Almeida ressalta a preocupação com os altos índices de analfabetos funcionais, considerados pelo IBGE (nas quatro primeiras séries do Ensino Fundamental incompleto). Por outro aspecto, ela converge nosso pensamento à análise do mundo tecnológico quando invade nossas vidas e tornar-se imperioso inserir-se na sociedade do conhecimento. E, como superar essa contradição? Assim, nos persuade a pensar em seu texto os vários dilemas e de processos de mudanças na Educação em interface com a Tecnologia e o olhar do professor em sala de aula.

No entanto, não basta inserir-se na sociedade da informação nem acesso à tecnologia de informação e comunicação (TIC), mas principalmente saber utilizar essa tecnologia para a busca e a seleção de informações que permitam a cada pessoa mobilizar conhecimento e de mediar conflitos. De compreender o dia a dia e de agir pela visão de mundo solidário e igualitário.

Como criar redes de conhecimentos? O que significa aprender quando se trabalha com redes de conhecimentos? Como inserir o uso de redes de conhecimentos na escola? O que cabe ao educador nessa criação?
Tais indagações nos fazem refletir. E, para breve compreensão de nossa leitura, transcrevo ao encontro da formação de educadores, o seguinte ponto de vista:

“O professor que associa a TIC aos métodos ativos de aprendizagem desenvolve a habilidade técnica relacionada ao domínio da tecnologia e, sobretudo, articula esse domínio com a prática pedagógica e com as teorias educacionais que o auxiliem a refletir sobre a própria prática e a transformá-la, visando explorar as potencialidades pedagógicas da TIC em relação à aprendizagem e à conseqüente constituição de redes de conhecimentos, (p.72).

Portanto, confere ao educador as habilidades e competências em aprender a aprender a ser professor e a aprender a fazer pelo uso das TIC e da mediação em processo de ensino-aprendizagem via rede colaborativa.

PALAVRAS-CHAVE:
Educação\Conhecimentos em rede\uso da TIC\Internet na criação de rede de conhecimento\Aprender e Ensinar em rede\Aprendizagem colaborativa \Processo colaborativo\coautoria\papel do professor\formação \ Incorporação da TIC\domínio da TIC na Escola\ Rede Colaborativa\Interação social\ Ambientes de aprendizagem e a TIC\ Mudança\ Mediação de Ensino-Aprendizagem.
A autora: Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida é Mestre e doutora em Educação, PUC-SP. Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo e do curso de Tecnologias e Mídias Digitais, da PUC-SP. ; especialista em Informática na Educação; licenciada e bacharel em Matemática. Atua em projetos de pesquisa e formação de educadores midiatizados por tecnologias e em educação a distância. Consultora desta série (Tecnologia na Escola).

Mais informação íntegra do Texto - Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2001/tec/tectxt2.htm

Onde encontrar: “O aprender e a informática - a arte do possível na formação do professor” – outro texto e sob organização da autora, em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=40245

***

Licenciatura em Teatro do Programa Pró-licenciatura. UnB/UNIR/MEC
Módulo Tecnologias Contemporâneas na Escola 3
Tutorias Eliana Severino dos Santos\ Maria Cristina
Aluno Lúcio José de Azevêdo Lucena
Atividade 1- Resenha
Professora: Luzirene Rego
06/03/10- Pólo Ceilândia-DF (19h10min)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Fotografei em câmera do celular a minha sombra, amparando-se no "teste da sombra" a que se refere E. Barba, no texto "Oposição".

Fotografei-me na mesma pose da escultura, abaixo
Atividade 2 - Sobre a fotografia da sombra e fotografia em pose de escultura clássica.

Fotografei em câmera do celular a minha sombra, amparando-se no "teste da sombra" a que se refere E. Barba, no texto "Oposição".
Figura A>>>>> Figura A – meio corpo- notam-se meu pé direito na base inicial da imagem como ponto inicial de projeção das figura; assim como o cordão de roupa em diagonal. (Imagem quintal do meu flat).














Figura B
-Fotografei-me na mesma pose da escultura abaixo, prestando atenção em todos os detalhes (posição dos membros, ângulo da cabeça, posição dos pés etc).


Discóbolo (Lançador de discos) é uma famosa estátua do escultor grego Míron - produzida em torno de 455 a.C - que representa um atleta momentos antes de lançar um disco. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Disc%C3%B3bolo). Míron representa o corpo em seu momento de máxima tensão; esse esforço, porém, não é refletido na face do atleta.
(Imagem B)>>>>>>>>>>>>>>>>
A base dos pés e o braço direito do campo visual, ficou mais bem projetada na imagem A. Enquanto que, o tronco e a cabeça em imagem B - ficaram semelhantes e “bem delineadas” em comparação à estátua clássica “Lançador de Discos”. Por isso, o apreciar das duas imagens e de comparação entre uma e outra em favor da imagem ideal (escolhida).Também percebemos sombras. Para a base necessitei de muito equilíbrio de eixo (coluna e membros inferiores) e do aparelho respiratório em controle. (Fotografia na cozinha de minha casa)
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>*
(Imagem A)
Licenciatura em Teatro do Programa Pró-licenciatura. UnB/UNIR/MEC
Módulo Laboratório de Teatro 3
Tutorias: Sanântana Vicencio/Maria Cristina
Aluno Lúcio José de Azevêdo Lucena
Professora Felícia Johansson
05/03/10- Pólo Ceilândia-DF (21h53min)
***

segunda-feira, 29 de março de 2010

Considerando a bibliografia indicada (A Arte do Ator: Gesto e Corpo e: A Arte Secreta do Ator: Dicionário de Antropologia Teatral):

Por Lúcio Leonn
Discorra sobre a importância da preparação corporal do ator teatral
“A transição é uma cultura. Existem três aspectos que cada cultura deve possuir: a produção material através de técnicas, a reprodução biológica, que permite transmitir a experiência de geração em geração, e a produção de significados. Para uma cultura é essencial produzir significados. Se não os produz, não é uma cultura. (Eugenio Barba, em A Canoa de Papel: Tratado da Antroplogia Teatral)

O corpo anatômico
Da arte do ator consiste – pelo - corpo – entre - o Corpo, (instrumento presente), conexão de estar sendo, acionando seus elementos constitutivos em cena (expressividade) e fora dela; trabalhar em plano artesanal.
Um treinamento rigoroso, (às vezes específico), técnico e arquitetônico para um devir. Tanto que, da importância de preparação e do discurso corporal (não só do ator), historicamente, ao longo dos séculos, vem a debruçarem-se sobre a dialética dum corpo biológico versus um Corpo Cênico - dimensão de diversos gêneros e estilos, estranhamentos em cenas -, por meio de hábitos ou, atos desveladores de sentidos, cultura global sob o olhar da ética e da estética singular.

O corpo biológico (imagem reprodução)

Detalhes perfeitos da Anatomia Humana - foram descritos por Leonardo da Vinci

E, para cada interpretação do Corpo com o corpo (instrumento de trabalho), ele precisa estar livre de “amarras”. O ator terá a dupla função: cuidar de si para dar vida à sua máscara\persona - por uma expressividade extracotidiana do Corpo. É quando todo material de estudos e da pesquisa cênica e\ou do enfrentamento num espetáculo, devem estar consonantes com um ideal: com o da proposição do espetáculo, que resultará num fenômeno teatral. Um verdadeiro encontro em tríade: (ator-autor-público), espetáculo, que conclamará em grande estilo, um acontecimento cênico. Uma simbiose em arte e comunicação com o espectador.
Assim:

“(...) trago como reflexão aqui que, sempre fui e sou a favor do aquecimento (preparação) da dinâmica corporal e acústica nos ensaios em cada surgimento de espetáculos (repertório) ou de personagens a serem criados por nós intérpretes da cena. Vislumbro também, antes do contato com o público (em cartaz) a preparação de nosso único instrumento: O Corpo.
Conhecer nosso ofício pela fruição corporal resulta estabelecer nossos limites físicos e ampliação de nosso trabalho; com a voz atinjo qual altura e, como localizo os sons graves ou agudos em mim\personagem e a distribuir no espaço cênico? Como o personagem anda? Quais gestos periféricos , ou onde ponho as suas (minhas) mãos?

O corpo biológico em proposição cênica

Lúcio Leonn em 1º dia no centro do espaço/oficina "O Teatro é o Outro" com Maurice Durozier (Théâtre Du Soleil), Theatro José de Alencar TJA – Centro de Artes Cênicas do Ceará/Cena (anexo TJA), 19 a 30 de agosto de 2008. -Imagem pessoal.

Às respostas, penso que, estão no fazer e em fisicalização (no saber ser orgânico) de movimentos que se quer encontrar pelos jogos dramáticos ou teatrais; no mergulho no texto teatral; na condução livre e direcionada pelo diretor\encenação; no vazio (campo não-racional); na imaginação (expressão livre) de intérprete; no encontro cênico com outros atores; por fim, no cotidiano e ao nosso redor, pelo saber olhar nosso de cada dia. [Fonte: Re: Fórum da semana 1: treinamento e diversidade. Por Lúcio José de Azevêdo Lucena - terça, 23 março 2010, 20:44.].

Por outro lado, o que dizer do Gesto (elemento periférico constitutivo do Corpo) do ponto de vista da bibliografia indicada (A Arte do Ator, segundo Roubine (1987), em estudos de breves capítulos, O Gesto: 2; e o terceiro: O Corpo); do segundo capítulo, sobre o condicionamento do ator, traz também a retrospectiva histórica; revela-nos que a gestualidade dominava na cena cômica pela tradição da pantomima, dos “lazzi” da “commedia dell’arte” e a partir do século 17 ao 19, gestualidade e realismo: não seria mais ingênuo pensar que a questão do gesto (pantomima) se colocaria ao gênero da comédia como elemento preponderante. Mas sim, tornar-se-ia linguagem do corpo e do rosto, em confluência à linguagem verbal e da concentração à interpretação dramática.

Ainda, sob enfoque de Roubine, (capítulo 2), ao analisarmos o subtopico, a gestualidade contemporânea aponta-nos à atualização do gesto teatral por meio de dosagem, da fiscalização, principalmente, de sistematização via treino.
Pergunto: estaria o ator imbuído em nome do domínio, da variedade expressiva e, acima de tudo, do controle do gesto em dependência da representação? Sim. E, vai além de equilíbrio orgânico, de demais fontes como, a liberdade em via de acesso ao virtuosismo, (inspirado na motivação, na acrobacia e na dança, segundo mestre Stanislavski), o ator se prontifica.

E, do ponto de vista comum, do público? Ora, o gesto exprime sentimentos. Seria então, um complemento da cena. Ou, da estética gestual. Ora, instrumento de sugestão. Da materialização do espaço ambiente e demais elementos cênicos. Logo, encontramos a teatralidade do gesto e com o público uma comunicação afetiva não verbal.

Outros teóricos como, Artaud, do gesto seria a linguagem auxiliar por meio de codificação da prática. Jean-Louis Barrault (segundo Roubine, p.37), revela do Gesto, como:   

”um sistema de gestos e de movimentos que permite ao espectador ‘ver’ um mar sem dúvida mais ‘real’, ou menos mais ‘presente’ do que se ele devesse aceitar as convenções aproximadas e enganadoras do telão pintado...”

Em análise final, (capítulo 2: O Gesto), localiza-nos a expressividade do gesto, em regra geral, marca maior no\do teatro ocidental. Porém, é preciso que tal movimento participe da interpretação do papel, ao mesmo tempo, em leitura, adverte para a formação do ator que, visará assegurar a autenticidade do gesto.

Então, o intérprete se obriga a inventar o gesto mais acertado, a fundamentá-lo na necessidade em vez de recorrer à facilidade ilusória da caricatura. Com clareza, o trabalho com o gesto não é independente. Cabe ao executante (nesse caso, o ator) garantir uma adequação entre o gesto e a palavra que não é apenas psicológica, mas tambem de ordem estética. Da convergência entre o ato de falar e da expressão do movimento em gestos ou vice-versa, deve ao intérprete, credibilidade. E, com clareza, ele tem consciência das correlações possíveis entre um e outro. Não se deve confundir gestual com gesticulação. Gesto e palavra se coadunam. E, sob pensamento de H.U. Wespi (segundo Roubine,p.39) define três formas para ambas relação: 1) acompanhamento (ordem da redudância); 2) complementação (prolongamento significativo do discurso; introduz sentido a palavra);3) substituição (intervém, a palavra se torna impossível).

Para o ator contemporâneo o gesto caracteriza um tensão fecunda. Parece assumir duas oposições:
“uma faz do gesto um modo de expressão do eu profundo do personagem e\ou do ator (Roubine apud Grotowski, p.40.), uma linguagem tão sutil quanto a palavra ou, segundo Roubine (segundo Gordon Graig (idem), no começo do século pregava: “de uma nova maneira de representar, consistindo em grande parte de gestos simbólicos.”

Por fim, um e outro alimentam uma cultura e uma prática. Por outro lado, em comparação com o gesto no cinema, determina uma gama de gestualidade e complexidade que no teatro. Por outro, na tela, há espaço de representação ilimitado; de imagem que fragmenta o real e dirige o olhar do espectador; ou, de um certo paradoxo referente a estilização que a distância cênica exige para ser compreendido, o que o ator executa em gestos.

Ao início do capítulo 3 (O Corpo): sob fundamentação ainda, de Roubine, (p.43), assume-nos o treinamento do corpo, em dicotomia com o corpo do cotidiano (biológico)versus corpo virtuoso(sob à luz da arquitetura cênica e de treinamentos), ele diz:

“é o lugar de um conjunto de resistências: resistências físicas das articulações, da musculatura, da coluna vertebral... decorrentes da falta de treinamento do ator, mas também resistências físicas que seu inconsciente pode opor às exigências da exibição teatral.”
No entanto, não basta ser corpo virtuoso, é preciso fundi-lo a expressividade de reação à cena(meio ambiente\cenário\situação).
Logo, tal breve pensamento em parágrafo último, acima, faz nortear para dialogar sobre a presença do corpo – tanto no teatro, como no cinema - “presença” como processo de mediação da cena. O cinema reforçou ao público, a noção da importância do físico do ator, ao contrário do teatro, pela mediação deste corpo que a cena (figurino, luzes etc.) exibe e exalta em caráter de corporalidade e metamorfose.

Portanto, confere a palavra do corpo, segundo Roubine, (p.49), duas modalidades antagônicas: a redução do corpo a ele mesmo (corpo) e a busca de meios de ampliação (instrumentos) e de melhorar sua expressividade (Corpo) teatral. Isto nos leva à questão do figurino como um meio de deformação, de transformação e prolongamento, até teatralidade do corpo físico do ator\atriz. Mas, é certo que o corpo hoje, sempre foi o próprio suporte de outrora, mesmo que o público contasse com sua presença, intuitivamente.

Partimos agora, para meu último breve enfoque, sob argumentação de Roubine, (p.52): o corpo-imagem. E, é no cinema o encontro dual da relação do corpo e espectador, em paradoxo da “presença-ausência”. Logo, o olhar do espectador é dirigido pelo foco da câmera(sem levar em conta,os princípios de edição, captação etc.). Estamos diante de um espaço corporal autônomo e de divergências quanto à expressividade do Corpo. A tela alcança um teor de identidade (corporal) diante do espectador. Chega a mitificar o ser biológico em figura de corpo-imagem. No entanto, é no teatro que o ator se faz senhor da mitificação e da transformação entre ser o sujeito corporificado... Violado, corpo-imagem viva, ao mesmo instante, personagem de si e de entrega ao outrem, em nome da sua arte, o Teatro.

Portanto, frente ao panorama discorrido acima (Roubine, (1987) - A Arte do Ator: O Gesto e O Corpo) deve-se considerar que o corpo e o gesto são a interação viva entre as possibilidades reais (corpo biológico) e da criação (corpo artesanal). Assim, os procedimentos das ações e do saber estar em cena, resulta teatralidade (corpo arquitetônico), logo, exalta o contexto do processo e, acima de tudo, revela o trabalho do intérprete, como todo o conjunto cênico em uníssono.

Daremos início abaixo, à entrada de estudos sobre a importância da preparação corporal do ator com imersão ao teatro oriental por meio da obra de Eugênio Barba e Nicola Savarese em, “A Arte Secreta do Ator: Dicionário de Antropologia Teatral.

Imagem, (pessoal): 1º Encontro – “De Sol a Sol". “Estudos e repasse dos mudras”- Theatro José de Alencar (01 abril de 2009) - sala de canto Paulo Abel- após, Oficina O Teatro é o Outro com Maurice Durozier,em 2008 (Théâtre Du Soleil, França.).


Ângela Escudeiro; Lourdes Bernardo; Lúcio Leonn; Elano Chaves.
“(...) O ator Kathakali segue com os olhos as mãos que compõe os mudras ligeiramente acima de seu campo ótico habitual. Os atores balineses dirigem o olhar para o alto. Todos os lian shan, as posições de detenção brusca dos atores da Ópera de Pequim, presumem um olhar para o alto. (...) todos esses atores mudam o ângulo do olhar habitual da vida cotidiana.” (Eugenio Barba, p.52)


Temas indicativos: Oposição e Pré-expressividade

No oriente, é dificil definir se o caminho utilizado para a criação é a técnica ou se é a propria criação que se ‘corporifica’ e ‘toma forma’ por meio dos elementos técnicos.” (Luís Otávio Burnier, 1957-1995.–Sobre: A Arte de Ator)

A principio fundamenta-se no conceito de Barba (2009), na obra “A Canoa de Papel - Tratado de Antropologia Teatral”, o nosso intuito de definir Antropologia Teatral. Pensamos que mesmo distante, tradicionalmente, entre os dois ocidentes, o teatro não delimita fronteiras do fazer teatral (campo material) entre os dois pólos. Do ponto de vista da preparação do intérprete em analise aqui, outrora de questões centrais do trabalho do ator. Outra, de desassociar, por um instante, o fazer do teatro do\no oriente e, de trilhar olhar intertrancultural ao teatro universal, faz-se importante a tal definição.

Assim, segundo Barba (p.25), Antropologia Teatralé o estudo do comportamento pré-expressivo que se encontra na base de diferentes gêneros, estilos e papéis e das tradições pessoais e coletivas”. E, mais ainda: "A Antropologia Teatral é um estudo sobre o ator e para o ator", (p.30).
Por meio d’A Arte Secreta do Ator: Dicionário de Antropologia Teatral à preparação do ator pode-se analisar, brevemente aqui, dois níveis do Corpo: Oposição (lei do “sim” e “não”) e Pré-expressividade (a modelação da qualidade da própria existência cênica.)
Do primeiro em análise, a dança das oposições (essência do movimento cênico baseado em contrastes – ao que, mais tarde Meyerhold chamou de biomecânica), em primeira análise consiste a base sobre a qual os atores constroem e desenvolvem todas suas ações (antecipação\ação\ reação\velocidade\ação rápida\impacto). O Corpo em cena, descendente por geração do contexto da tradição histórico-cultural de seus atores-bailarinos orientais - na qualidade de pertencimento, de sua despersonalização e na busca de maturidade artística.


“O princípio da linha de oposição, mesmo que sentado” presente na peça “A “Família Addams, personagem Amado Amável, pelo ator Lúcio Leonn. Teatro Arena Aldeota, fev.2010. Fortaleza, Ce. Brasil. (Imagem pessoal)

E, em segunda argumentação, indica-nos oposição na dança e em outras formas figurativas. Ttribhangi significa “três arcos”. O corpo assume a letra “S”. Resulta um equilíbrio precário, em que novas resistências e tensões criam a arquitetura extracotidiana do corpo que, mais tarde (Século 18), inspirou William Hogarth em chamá-la de “linha de beleza”.

Ao ator em oposição adquire resistência física em contrastes. Usufrui espaço e converge o olhar do espectador à cena. No dizer de Burnier (2001, p.50): “uma alteração do estado de presença cotidiana para uma presença teatral.” E, para tal verdade (afirmação, confirmação e contradição) do movimento oposto, aplica-se o teste da sombra em que todos os lados, digamos dos braços e das pernas, dá ao espectador a visão significativa e total da ação.

Por fim, o nível da pré-expressividade, organização comum no qual as técnicas extracotidiana do corpo têm a ver com a energia do ator em estado puro. O espectador vê no ator pela ordem corporal a evocação de uma intenção e de sentidos teatrais. É onde reside a raiz da representação. E, pressupõe o uso da técnica da inculturação (ricas variações e matizes do comportamento do cotidiano) e aculturação (estado natural). Ambas as técnicas ativam o nível de organização da pré-expressividade: presença pronta para representar.

Por outro lado, nos deparamos com a fisiologia e codificação do corpo que atribui em dupla função um valor estético; de qualidade de movimentos enérgicos. Por outro, a figura do corpo dilatado personifica-se por meio do ator.

Os dois ocidentes buscaram a pre-expressividade por meio da codificação. Embora no oriente, o Corpo em cena, descendente por geração do contexto da tradição histórico-cultural de seus atores-bailarinos orientais - na qualidade de pertencimento, ou da sua despersonalização e na busca de maturidade artística; o estado puro do corpo tem sido transmitido de maneira direta e ininterrupta, por meio da pedagogia de imitação.
Na parte ocidental, observamos o corpo fictício em nível de apresentação da personagem, como aquele corpo supremo da representação. Uma simulação do corpo em transformação do cotidiano, em suscitar o nível pré-expressivo.

Da técnica corporal extracotidiana não se sustentam apenas em situação da representação. Mas, nas artes marciais e teatralidade no Oriente. As artes marciais no oriente usam os processos fisiológicos em situação concreta da mais alta técnica corporais extracotidiana. Enquanto que, as artes marciais e teatralidade no Ocidente estão ligadas e documentadas desde a Idade Antiga, sobretudo, no papel dessas artes na origem da dança.

Por fim, o estudo pré-expressivo do espectador e a arquitetura do corpo. Do primeiro, corresponde à maneira de ver do espectador no ator, uma reação imediata que emana toda uma gama cultural em “respostas fisiológicas”.

Embora, a interpretação cultural independe de sentidos, do ponto de vista particular do expectador teatral. Isto é, o espectador, não se ocupa em responder ou, sim, de imediato, o fenômeno teatral, a partir da sua percepção visual e do estado da pré-interpretação, advinda da arte teatral figurativa do ator. Significam uma vez, elementos previamente adquiridos pela visão de mundo e da conexão da relação sujeito\objeto, da imagem simbólica configurada.

Da segunda e última análise, como todos os outros elementos descritos e supracitados, em negritos acima e justapostos, somam-se à arquitetura do corpo, que equivale “atitude” ou, mais ainda, “postura do corpo” ou, a posição básica do corpo em todas as formas tradicionais de teatro japonês; nas artes marciais; enfim, em diferentes níveis da presença cênica pré-expressiva.

Conclusão: as duas obras descritivas acima, mesmo que justapostas aqui pela breve escrita nossa; constroem em si uma reflexão analítica para e sobre o treinamento psicofísico do ator.
O intérperte ao tomar como base sua cultura em tempo e espaço, ou da criação artesanal - seu trabalho diante do papel e da cena (plano arquitetônico),adquire, a partir da análise de técnicas e da apreensão em leitura, “Arte do Ator” e também da “A Arte Secreta do Ator: Dicionário de Antropologia Teatral, os pressupostos teóricos e práticos que, não se esgotarão no ritual vazio do fazer teatral. Segundo Barba e Savarese(1995), “é no fazer, e o como é feito, que determina o que um ator expressa”.

No entanto, do debruçar da leitura cabal sobre os textos supracitados faz-se necessária e urgente ao ator iniciante e de leitura àquele ator\atriz em eterna aprendizagem ou, do ensino. Na (in)certeza de trilhar o percurso da criação em sólida carreira e formação teatral; mesmo que efêmera, seja, a arte da alteridade.

Fontes consultadas

Barba, Eugenio e Savarese, Nicola. A Arte Secreta do Ator: Dicionário de Antropologia Teatral. São Paulo, Ed. Hucitec, 1995.
______,Eugenio. A Canoa de Papel: Tratado da Antropologia Teatral\Eugenio Barba; tradução de Patrícia Alves Braga. - Brasília: Teatro Caleidoscópio, 2009. 280p.

Burnier, Luis Otávio. A Arte de Atorda Técnica à Representação. –Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2001. 313p.

Roubine, Jean-Jacques. A Arte do Ator. Rio de Janeiro, Ed. Jorge Zahar, 1987.


***
Universidade de Brasília(UnB)\Instituto de Arte(IdA)
Licenciatura em Teatro do Programa Pró-licenciatura. UnB/UNIR/MEC -Módulo Laboratório de Teatro 3
Tutorias: Sanântana Vicencio/Maria Cristina

Aluno Lúcio José de Azevêdo Lucena-[lúcio leonn]
Tarefa 1 - Sobre a importância da preparação corporal do ator teatral
Professora Felícia Johansson -29/03/10-