segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Nossa Língua Portuguesa e seu enfoque: Aprendizagem

Escrever é uma profissão solitária, não é romântica, é labuta árdua, diária, e quem consegue preencher uma página em branco é um herói". [Laurence Olivier (1907-1989): In Ser Ator, (1986), p.9].


Estudei minha vida escolar (ensino fundamental e médio) em toda escola pública. Sempre me considerei “bom aluno” na disciplina de Língua Portuguesa (em se tratando mais,da comunicação verbal). Também, sentia-me exigente em querer “pronunciar bem” o nosso inerente idioma. E, mesmo sendo considerada uma pessoa, tímida.

Portanto, penso não ter tido muitas dificuldades quanto à escrita e à leitura. Logo, da escrita em idade adulta aprendi muito errando, depois errando...

Partindo duma situação concreta ao relembrar durante o ensino fundamental de aulas expositivas de minha professora do Ensino Fundamental I (séries primárias), por meio de exercícios contextuais na lousa e no caderno; chamava-me à atenção aos aspectos gramaticais e do seu conjunto de regras lexicais na nossa língua (a separação silábica, as conjunções coordenadas, os artigos (in)definidos etc...).

Como exemplo menor, de dificuldade minha, pode-se citar a de confrontar meus conhecimentos apreendidos junto à família com o da Escola. Eles se acentuavam nos aspectos da fala e escrita formal, em medida da alfabetização e letramento- como toda criança em desenvolvimento e de aprendizagem daquela época necessitasse. Minha fonte segura era o da Escola. Outrora, meu pai me oferecia em seu trabalho, (que era em casa), o jornal local como fonte de recurso e de leitura diária.

Já durante o Ensino Médio (cursei ensino técnico em contabilidade e não tive disciplinas ditas cientificas para prestar Vestibular) meu primeiro livro lido (a partir de nossa escolha da leitura e de maneira direcionada à interpretação\compreensão e de estudos de textos encaminhado pelo professor de Português), foi: “Memórias de Um Sargento de Milícias”, de Manuel Joaquim de Macedo. Tornou-se meu primeiro contatos com uma obra literária. Embora, no ensino fundamental I, antes, tinha tido contato com a literatura dramática em eventos da escola, (apresentação de peças curtas encenadas e escritas por mim.). Em outro exemplo, gostava de escrever de forma livre, independentemente do contexto da língua materna.

Durante a 1ª série do ensino médio (1989) ganhei um concurso literário, intitulado 1º Prêmio Reporte Estudantil- Promoção Jornal Tribuna na Escola, do Jornal Tribuna do Ceará (hoje extinto jornal). O tema de minha reportagem tratava de “Vendedores Ambulantes: A Busca da Sobrevivência”. Por meio do concurso, ganhei uma bolsa de estudos (destinada à minha escolha pessoal para qualquer escola particular de minha cidade e mais uma máquina de datilografia.).

No entanto, da bolsa de estudos não aceitei; permaneci na mesma escola pública, até concluir todo o ensino médio. De lá fui direto para exames e aprovação no Curso de Arte-Dramática da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Por outro lado, em desenvolvimento e ampliação das formas de expressão verbal; encontrei no estudo acadêmico: “uma forma rígida de escrita”. É como disse antes: eu gostava de escrever de forma livre, independente do contexto da língua materna...

Por outro, foi em constate aprimoramento e aprendizagem (durante a formação superior-curso de Pedagogia), que surgiu em mim, “o gosto” de seguir as normas e padrões do campo científico (ABNT), em meus textos. O aspecto da prática teatral trouxe em mim, a necessidade de saber conhecer pela pesquisa acadêmica e da escrita textual.

Porém, ressalto que tal visão antes, tenha se iluminado mais ainda, no curso de arte-dramática pelas atividades da escrita e da fala (interpretação), no decorrer do curso de teatro.

Em outro contexto lingüístico, estudei em curso, a Língua Inglesa por oito semestres, paralelamente ao ensino médio. No referido curso aprendi a escrita e de perceber, gramaticalmente, a nossa Língua Portuguesa. Uma vivência prática em comparar os aspectos formais de construção da escrita; de frases e pronúncia de ambas.

Percebo que ao estudar uma segunda língua, revela-se porta de estrada de conhecimento, para apreendermos e fixarmos a nossa, em demanda de uso e fluência contextual (campo formal e informal) da outra pessoa em sociedade. Vários são os fatores que influenciam a linguagem numa pessoa, como: vocabulário, norma natural e culta, conversação (prosa e verso) pela fruição da fala verbal e da escrita, em estudos de textos\exercícios temáticos e circunstanciais.

Na pedagogia, o verbo ampliou-se em mus estudos para acentuar a minha prática pessoal e profissional na docência artística. Assim, logo em seguida, no curso de pos-graduação (especialização em Arte e Educação), o exercício da escrita temática (artigos, resumos, pontos de vista etc.); da gramática normativa se tornou constante, de hoje e sempre, um olhar voltado a mais aprendizagem em leituras e de exercícios da escrita.

Por fim, minha necessidade atual, tendo em vista o aprimoramento e a aplicação neste Curso de Teatro – Licenciatura visa adquirir mais recursos lingüísticos e normativos da Língua Portuguesa. Para mim, se revela um árduo serviço em nome da compreensão dos leitores(as), em convergência de minha escrita pessoal\profissional (artista docente), no campo dos diversos saberes.

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Licenciatura em Teatro do Programa Pró-licenciatura. UnB/UNIR/MEC

Módulo: Leitura, compreensão e produção de textos para o TCC

Aluno Lúcio José de Azevêdo Lucena

Atividade: criação de Texto - enfoque - aprendizagem em Língua Portuguesa

Professor: Getúlio Rosário Caetano