quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Tarefa de Abertura e Finalização do Curso(módulo) Licenciatura em Teatro UnB/Instituto de Artes(IdA):LABORATÓRIO DE TEATRO 2

Fortaleza-Ce,17 de agosto e 07 de setembro de 2009

Palavras/Temas relacionados ao conteúdo de nossa Disciplina de Laboratório do Teatro 2 (UnB)
(cena/presença cênica/dimensão acústica/atitude e intenção)
[Imagem by leonn]
Palco da "Oficina O Teatro é o Outro" com Maurice Durozier-Théâtre du Soleil (2010)

A cena teatral hoje, por meio do corpo e de movimentos em processo de atuação acústica e visual, tem muito a nos dizer; contar, elucidar, duvidar, visualizar, corporificar... Passagens de vozes eloquentes, movimentos de eterno contra / re / fluxos. Ou, panoramas de ideias e de sentidos em diversas possibilidades de des/assossego cênicos.

São princípios de atuação/produção e de recepção do público, a partir da alteração e da percepção corporal entre o homem e a máquina -, elucidados por experiências e de pesquisas, não somente no campo teatral, mas na era e de interfaces tecnológicas, em meados do século 20.

E, para tanto, necessitamos dum corpo em estado de presença cênica. Ou, dum espírito vivo e circundante para acionar ações, articular pensamentos, desvelar situações e crer em circunstâncias dadas pelo Texto, ou no ato performático do intérprete criador. Existem antes, quando em ensaios, estudos; espaços de criação, de proposições, testes; há ensaios de mesa. Como exemplos de resultados em busca da presença cênica, podemos apontar os trabalhos de pesquisas, estudos teatrais e de atuação de, Silvia Davini e de Sulian Vieira Pacheco (Professoras da UnB/Instituto de Artes), a saber: Corpo como Instrumento e Lugar; Postura e Movimento Econômico; As Demandas da Cena; O Princípio Dinâmico dos Três Apoios; A Dimensão Acústica e Visual da Cena e a Produção de voz em Altas Intensidades; a Micro-atuação - junto aos alunos/as - intérpretes em Teatro.

Entretanto, faz-se necessário encontrar o norte da trilha e o mapa do processo a seguir. Assim, creio eu, vêm sempre à tona vozes de pertencimento do grupo e de caminhos cicatrizados em identidade corporal nos atores/personagens e na concepção ideológica do encenador/performer/intérprete/da cena.

Teatro é arte de Equipe. Da criação. De encontros sublimes e de tédio, pelo desencontro no escuro; do não-saber-como progredir de imediato.

O ator/atriz, senhor e senhora, (e, no dizer de Stanislavski) de sua arte; têm em comum, seus atributos físicos e orgânicos no corpo: a voz, a mente e, como chave mentora, é dever de projetar e de lapidar a voz em dimensão acústica. E, pode ser produtivo nos ensaios, pela busca do personagem/ator, a partir da cena, em que a persona está em mais evidência (em palavras-chaves); da prática e de sustentação do processo da micro-atuação que, comprova orientar a performance e o intérprete em toda obra – E, quando em contato com o público: revelará uma parcela significativa da voz/estilos/timbres/ressonâncias, significados etc. Além de tornar em processo orgânico corporal; de adaptação/transformação vocal e de ação cênica: uma dimensão de possibilidades, pelo corpo; do também, visual e gestual da Cena.

Logo, o intérprete promulga também, a construção de seus atos e gestos em prol duma atitude e intenção cênica. Isto é, na busca incessante de encontrar-se com seu personagem - face a face – numa performance e de movimento acústico, mesmo em encruzilhada da incerteza, ou do deixar a devir a Ser, em Dias de Ensaios/apresentação/treinos, ora do momento não criativo; ele/a deve seguir seu rumo. Porque há dias - não somente na vida dos artistas - relapsos do infortuito.

Por tanto, como exemplos de atitude e de intenção em re/educação corporal e de voz; reevidencio aqui o processo de atividade em Micro-atuação - em que consiste num processo que implica um trabalho meticuloso sobre as cenas-chaves e dos textos teatrais em abordagens de aprendizagens/atuação. Indico a projeção da voz em tempo/espaço de ensaios e performance, por meio da dinâmica de: frequência, da intensidade e do timbre. E, por fim, as sequências posturais, respiratórias e vocais apresentadas pelo uso do corpo em atuação/treino do ator/atriz, em série.

Mas é, no encontro crucial diante da platéia que, o intérprete pode estabelecer outro devir. Outrora, de vazio e a preencher-se de sentidos efêmeros, por meio dum espetáculo vivo e estético. Revelará a comunhão total e de situação presente com partes em débito de criação – ator-personagem -ou, o contrário, personagem-ator. Depois, ainda, será o momento do estante fugaz, do nervoso e do prazer, mesmo já estabelecido a des/ordem cênica, pela tríade: ator-texto-público. Assim, o uso da voz, pela ação de movimento corporal, revela um “corpo condicionado e de índice instrumental” - por meio de ensaios e via de princípios de atuação em palavras-chave ; de apresentação em altas intensidades, diante da platéia.

No entanto, isso não faz do artista um credor feliz ou infeliz. É mais uma obrigação de artista de dever cumprido em favor de sua arte teatral, (marca maior de interpretar o mundo e revelar situações); metamorfosear a Vida.

Por outra janela, o viés da cena teatral se revela. E, também, deixa-se fotografar por várias passagens e por diversas paisagens - figuras volúveis; de imagens corporais e de vozes melódicas e/ou acústicas, em querer sempre dizer algo estético e de valor cênico-criativo, por meio da Palavra, da Ação, de sentidos. Logo, o valor do humano, consubstancia-se pela Arte.

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Tarefa de Abertura e Finalização do Curso
(módulo) Licenciatura em Teatro UnB/Instituto de Artes(IdA):
LABORATÓRIO DE TEATRO 2
Aluno Lúcio José de Azevêdo Lucena.
Tutoras: Martha Lemos/Maria Cristina Silva.
Professoras: Silvia Davine/Sulian Pacheco.

Universidade de Brasília (UnB) / Instituto de Artes (IdA)