quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Características da linguagem Teatro ao relacionar seu valor




















o Teu corpo é cênico e diferente de mim; logo, estou no teatro;
p Ersonagem duma outra esfera e dimensão... Vivo, o famoso "Se". Então,
a Angustia, o medo ou mesmo alegria posso experienciar. Mas, digo:
o Tempo de vivenciar em cena, diante dum público é efêmero... Embora,
o Riso ou a dor, ultrapasse fronteiras do indizível... É arte milenar. Há
o O autor, ator/atriz e UMA platéia – tríade fundamental de eterna fruição.
O que dirá hoje um Édipo Rei, Efigênia ou Electra? MENSAGEIROS DE COMUNICAÇÃO?!


Imagem acima, por lúcio leonn, (São Genesius: o santo padroeiro dos Artistas!) - Theatro José de Alencar (TJA), 2007.


Tem como característica principal: conduzir para vida e ao mundo - a
Expressão de si e dos Outros. Esse é o seu valor. No entanto, é uma das
Arte mais completa por querer
Trabalhar o corpo e a mente em cena ou, dia-a dia. Além de fazer
Refletir o Homem como espelho de seus atos; é testemunha
Ocular da Realidade, noutra realidade/Arte. Viva o Teatro!

Fortaleza-Ce, 16/03/09.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

É no breve balanço das artes (2005) - memórias seguem no dealbar de 2006

TEXTO ESCRITO EM DEZEMBRO DE 2005
A cada ano posterior somos tomados de desejos de mudanças, ou mais que isso, obrigados, involuntariamente, a refletir sobre o que não foi “bom” em ano anterior.

Confesso que, meu olhar aqui de observador somente revelará a você leitor(a), uma partilha de meu cotidiano. São pontos de vista, outrora, extremamente pessoais e profissionais no campo das artes. Imagens essas, (re)construídas e produzidas ou encontradas, apreciadas em nossa capital.
Começaremos com imagens simples e “positivas” realizadas no decorrer do ano de 2005.

Pergunto: você teve tempo para parar ou, já observou e enxergou os muros que circundam o Hospital Psiquiátrico São Vicente de Paula, bairro Parangaba? Parece algo fugaz ou excêntrico, mas, não é. Logo, depois de décadas, revelou sua entrada principal com bancos de cimentos, árvores e jardins. A seguir na mesma avenida e entremeio, numa só estética, avistamos o Colégio Juvenal de Carvalho-Irmãs Salezianas, (Damas), também se revelou. Ambos se “humanizaram” - saiu de clausura, de muros arquitetônicos, herança do passado opressor.

Já os Terminais de Ônibus, ao interligarem a grande Fortaleza, estamparam cores muito vivas pelo movimento hip hop, - Ah, o elemento grafite! (as artes plásticas).

Até mesmo no centro da cidade, anexo do Theatro José de Alencar, pela Rua 24 de maio, em sua fachada externa, o tema grafitado era: “Iracema”, em circunstâncias dadas, pelo autor José de Alencar, o pai do romance. Homenagens do próprio artista-grafiteiro (Funci/projeto Crescer com Arte) à casa de espetáculos, em seus 95 anos de existência.

Outros elementos, como: dança (break) e as músicas (o rap) criaram expressão de vida, sob o planetário, aos sábados, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, intitulado, Planeta Hip Hop.
Ao refletir aqui tais ações in locus, não se deve analisar, sob o aspecto desta cultura ser ou, e só agora, permanecer incluída socialmente através de imagens gravitadas em concretos de terminais de ônibus ou outrora, veiculadas vias comerciais de tevê - campanha pelo governo do Estado do Ceará. Mas, elas devem ser compreendidas em sua essência como mais um movimento social da zona urbana, que cresceu e, encontraram no Brasil, em nossa região, elementos constitutivos do samba, da capoeira. Seus atores, ou até mesmo outros produtores de diversas linguagens, - tais artistas, necessitam é de mais espaços, de oportunidades sempre garantidas.

Não é somente servir de vitrine ou algo inaugural, como tantas outras ações governamentais em metas ou planos de gestores de anos anteriores reservaram. Falo isso, como ator profissional e professor de Arte, experiências estabelecidas e reconhecidas em terra natal.

Para o campo teatral de Fortaleza, cada vez nos sentimos deserdados, sem ações concretas, que nos motivem continuar fazendo e produzindo Teatro/arte. Criar e manter a identidade na arte teatral local. Há ações isoladas de grupos ou editais de concursos em artes ciências, que procuram estabelecer o fazer teatral, esporadicamente. O mínimo.

No entanto o Festival de Teatro de Fortaleza, promovido pelo órgão da Prefeitura Municipal de Fortaleza – Funcet, para criar um evento, acontece em sucessivas e estanques edições. Ele, ainda não se fixou e nem ocorreu ao ano de balanço (2005).

Conclusão, também permanece uma lacuna, quanto ao real fomento da dança. Salvaram-se de relance, os seguintes eventos: a Bienal ou projeto Quinta com Dança. E, pelo próprio órgão da prefeitura supracitado, o projeto Quarta em Movimento. Ou, projetos de grupos permanentes de dança e o curso técnico, ou instituições/Ongs “particulares”, por meio da Arte-educação, se evidenciaram.
***
Em 2005, uma estréia cênica “singela”

Refiro-me, tanto por parte do Curso Tecnológico em Artes Cênicas, quanto pela instituição mantenedora, o Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará/Cefet-Ce.

Digo Estréia sem eloqüência na divulgação por se tratar do primeiro curso superior em artes cênicas do Estado. E, ao mesmo tempo, a encenação do espetáculo da 1ª turma (2002), no Teatro Dragão do Mar, “A Caravana da Ilusão”, de Alcione Araújo; contraditoriamente, tenha ocorrido de forma “primorosa e sutil”, pela perseverança e interpretação do elenco. Por fim, ou, de “ajustes” da equipe técnica no desenrolar do evento, ou ainda mais, a preocupação permanente e o profissionalismo de sua coordenação, ou de alguns professores, em querer manter o nível de formação do Curso, também.
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Arte e Educação não se sinalizam em prática de gestão na Prefeitura Municipal de Fortaleza, via Secretaria de Educação e Assistência Social – SEDAS.

Ações encaminhadas às Secretarias Executivas regionais (SERs: I, II, III, IV, V, VI); ambas não realizaram a edição do IV Festival de Arte das Escolas Públicas Municipais de Fortaleza.

O festival (em processo de construção, para que a Arte no sentido real se integre à Escola), Torna-se um dos poucos alentos de projeção municipal, porém, priorizado talentos e divulgando diversas linguagens artísticas – estas experiências no âmbito escolar “a valorizar” também, os poucos Arte-educadores em rede municipal de ensino.

Já nas escolas estaduais, professores e alunos de Arte não se projeta (ra)m mais para eventos intitulados, Festal.

Entretanto, técnicos em educação do Estado, sem consultar os professores de Arte da rede, estabeleceram em documento, diretrizes para a reorganização curricular da educação básica, nível Ensino Médio, em 2005. Isto significa que além da má distribuição e diminuição de carga horária da disciplina de Arte, que compõe a matriz curricular base Nacional Comum; (especificamente, a disciplina de Arte-Educação está inserida na área de Linguagem e Códigos), Ela deve agora ser readaptada na matriz curricular Parte Diversificada e não permanecendo, como antes.

Segundo eles, é para assegurar maior tempo de aprendizagem ao corpo discente, com o acréscimo de mais hora/aula às disciplinas de Português e Matemática.

A meu ver, tal ação vai de encontro a um currículo escolar de Arte-Educação sintonizada em nosso século. Há toda uma luta de nós, Arte-educadores, pautada na defesa e na organização do seu ensino e de uma aprendizagem significativa e emancipatoria em Arte.

Para concluir este breve balanço tomando de minhas memórias do ano anterior, gostaria que no ano que se anuncia (2006), possa ser mais recheada de otimismo, perseverança, amor, respeito aos ideais e realizações de sonhos de toda classe e segmento da arte e da aducação.

São palavras tão repetidas (utópicas?), gastas pelo tempo... Logo, é porque ela nos revela um ser inacabado de desejos que cada um de nós, se anuncia sempre, EXTERNAMENTE.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Para melhorar (ou implementar) o Ensino do Teatro na Escola

[12 de outubro de 2009]    
                                                                                                                                        Por Lúcio Leonn
Considero como essencial um espaço físico adequado, como a Sala de Teatro; também de capacitação continuada, permanente, para professores em cursos, oficinas e palestras; além de professor de arte com formação específica, para lecionar a linguagem Teatro. E, de contar com sua disposição pessoal em apreciar sempre, eventos de peças de teatro (festival/congresso/peças em cartaz por mostras/temporadas etc.).


Imagens, aula de Teatro Aplicado/Emeif Herbert de Sousa)

Descaracterizar o ensino/aprendizagem polivante por linguagens e da formação docente em cursos iniciais (IES) e, de oferecer na unidade escolar (educação básica), um currículo diversificado em Arte – a partir do leque de atividades artísticas – a visar o gosto pessoal e de sondagem artística do aluno(a), via disciplina de Arte/teatro.

Indico uma Biblioteca especializada e disponível para pesquisa/estudos sobre o teatro local, brasileiro e/ou estrangeiro. Um computador e diversos suportes de multimídias para pesquisas, intercâmbios e estudos virtuais em Teatro.

Por outro lado, como promover uma interação entre a escola e a comunidade, a visar parcerias; aponto projetos de formação de grupos de teatro, por meio de oficinas e cursos profissionalizantes de capacitação técnica (direção/maquilagem/cenografia/iluminação etc.) em contraturno, de montagem de peças curtas e temáticas em textos da dramaturgia nacional e de texto de criação coletiva pelo grupo egresso e/ou permanente.

De outro, oferecer à comunidade e de produzir espetáculos na escola, sem fins lucrativos. Procurar dramatizar as palestras e reuniões de pais em assuntos pertinentes à comunidade/escola. Promover festival de (teatro) esquetes - peças curtas e temáticas, em que, cada aluno(a) possa experienciar diversas habilidades e competências de função e cargo profissional na linguagem teatro(ator/atriz/diretor/contraregra/operador de som etc.).

No entanto, o trabalho de teatro na escola, a basear numa técnica com fins sociais com a preocupação também de lançar alunos egressos em estudos/ensinos acurado - na indicação de instituições e ensino de teatro, visando sua profissionalização futura. Também de contar com apoio/promoção e parceria técnica-didática pedagógica do grupo gestor, supervisão dos conselhos escolares nas atividades teatrais, da secretaria de educação e de demais técnicos locais, em tal missão sociocultural.

Sobre meu papel como arte-educador

Formulação de Questões:



1. por que no âmbito e na prática escolar não se considera, ainda, a disciplina de Arte/teatro tão importante quanto a matemática, o português?

2. se a disciplina de Arte, é obrigatória em todos os níveis e modalidades de ensino da educação básica (conforme, LDB, 9.394/96 -Artigo 26; § 2º., que diz: “ O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.”); pergunto: por que ensina-se Arte, somente até a 1ª série do Ensino Médio em algumas escolas públicas; e, além do ensino/aprendizagem em maioria de escolas particulares, insere-se tal estudo, só a partir de projetos extracurriculares?

3. o ensino/aprendizagem de Arte/teatro na figura do(a) professor(a), conota-se ao longo do tempo, diversas possibilidades em (re)organização / de procedimentos /ou de problematizações teórico-práticas etc.; logo, uma delas, trata-se do quesito formação inicial e de especificidades institucionais de ensino ou de, aprofundamento cientifico e estético na linguagem artística, por parte de quem ensina e/ou de quem apreende. Indago: em sala de aula (ensino (in)formal / projetos, ONGs), pode qualquer pessoa ser professor(a) de Arte/teatro?

(Imagens, idem)
4. A disciplina de Arte/teatro tem avançado status e perspectivas de disciplina tão importante quanto qualquer outra matéria. -confirmo em minhas pesquisas junto à disciplina de módulo e também ao encontro dos PCNs/Arte- (1ª a 4ª série) - Fáceis de Entender (MEC 97,98, via revista nova escola, p.63.) e logo lá, preconiza que: “aula de arte é divertida, mas não é recreio.” Diante do exposto, ainda registra-se o regime de ensino polivante, à formação especifica por linguagens e o procedimento de “deixar fazer” na escola. Então, pergunto: como assegurar e compreender um ensino/aprendizagem em arte/Teatro, também por diversão e por prazer, sem deixar as aulas no contexto dum ensino-aprendizagem supérfluo?

5. No que diz respeito à montagem teatral no ambiente escolar, (conduzido não somente pelo professor de arte). Por que, em pleno século 21, leva-se em conta, por parte de certos professores, só o espaço de exibição (apresentação, de peças de teatro, exposição de trabalhos visuais etc.) de aluno(as) durante as festividades da escola - , sem lançar o olhar crítico do/no processo junto a eles, e de correlação aos pressupostos teórico-práticos da Disciplina de Arte?

Para concluir, também durante o Curso, despertei em Fóruns, as seguintes indagações*, abaixo (as primeiras não obtiveram respostas dos cursistas):

*Primeiras questões:
– sobre os caminhos teóricos (abordagem triangular, a cultural visual: por projetos de trabalho em Barcelona; apontados e traduzidos em nosso país/ do PcN-Arte), ou de pesquisas sistematizadas (museu de arte contemporânea da universidade de são paulo) em Arte-Educação – tudo é linguagem, em/de expressão plástica; ora, ambos fundamenta(ra)m-se nos estudos teóricos fora do Brasil. Em que lado deve ficar e a conjugar em sala de aula ou, de opor-se o Arte-educador brasileiro? Há um olhar de currículo e de panorama eurocêntrico? Vale à pena, enfocar o Ensino de Teatro e seus componentes constituintes, nesse embate teórico? É de fato, um embate teórico entre dois pensadores? E, ainda: pode-se ter em sala de aula práticas dissonantes?

– se consideramos o conhecimento em arte, a partir da Proposta Triangular do Ensino de Arte, (artes visuais): o fazer, o ler e o contextualizar; quais alternativas abaixo indicadas e construídas ao longo do tempo, apontam os pontos de partidas, dos elementos essenciais básicos do proceder, apreciar/fruir e contextualizar o Ensino do Teatro. Ou, de como conhecer as práticas e comportamentos espetaculares organizados em cena, a partir de/do: (A) – Personagem, conflito e situação dramática. (B) – Ator/atriz, texto e recepção (público). (C) – Corpo, autor e texto. In: [Fórum - Re: Discutindo questões. Por Lúcio José de Azevêdo Lucena - sexta, 18 setembro 2009, 21:27.].

*Segunda questão (formulei durante Encontro Presencial em minha cidade Fortaleza-Ce e lancei ao Fórum):
– a profissionalização do ator/atriz é de responsabilidade da educação inicial, em cursos profissionalizantes e superior em Artes Cênicas / arte-dramática / teatro (?). Então, quais atribuições por meio da linguagem teatro nós professores de Arte podemos assegurar no contexto escolar? In: [Fórum de Discussão. Re: Re Um Texto abordando a importância do Teatro no meio escolar por Lúcio José de Azevêdo Lucena - sábado, 3 outubro 2009, 10:36.].Sobre segunda questão, obtive uma resposta, da cursista Jucélia Ferreira Rocha segunda, 5 outubro 2009, 15:57.

– 1- texto abordando as seguintes questões: o que você considera essencial para melhorar (ou implementar) o ensino do teatro na escola? Como promover uma interação entre a escola e a comunidade? Quais as formas de implementar essa parceria tão importante? Qual o seu papel enquanto arte-educador(a)?
-->Atividade Universidade de Brasília (UnB)
Instituto de Arte (IdA)
Aluno Lúcio José de Azevêdo Lucena-lucio leonn
Disciplina HISTORIA DA ARTE EDUCAÇÃO 1
Professor Graça Veloso

Considerando o texto “A produção vocal em altas intensidades: uma revisão da Teoria Neurocronaxica de Raul Husson”

[06 de agosto de 2009]

Questão 1- As contribuições da Teoria Neurocronaxica para o treinamento do ator e do cantor.

É a única que aborda especificamente o estudo da produção de voz em altas intensidades, exigência para o trabalho do ator e do cantor; enquanto as outras focalizam nas patologias vocais surgidas da produção ‘coloquial/não- profissional’ de voz e palavra. A produção de voz e palavra são um requerimento primordial na vida profissional, como é o caso do ator, do cantor ou do professor. A produção de voz não é um fenômeno vibratório, mais um mecanismo neuro-muscular das pregas vocais. Porém, se bem a pressão de ar não causa o movimento das pregas, sem ela não se produzirá voz > ou seja, por meio de contribuições e experimentos de técnicas/teorias (Neurocronaxica), adquire-se condicionamento / comportamentos / regulagem / controle vocal / emissão/ respiração e realização de mecanismo de proteção (etc.) de pregas vocais em alta potência.

Questão 2- O mecanismo da atividade fonatória segundo a Teoria Neurocronaxica.

Em posição de repouso as cordas ou pregas vocais encontram-se unidas na sua inserção anterior, próxima à cartilagem Tiróides, e separadas na inserção posterior, onde se encontram as cartilagens Aritenóides, pequenas e móveis. Já em posição fonatória normal, as Aritenóides se aproximam e as pregas vocais juntam-se na sua inserção posterior, no ponto oposto ao da inserção anterior, enquanto que as bordas interiores das mesmas produzem oclusões periódicas, que determinam uma fenda glótica em forma de fuso estreito.

Quanto maior o número de oclusões por segundo, mais agudo o som vocal produzido. Cada contração do sistema de fibrilas neuromusculares das pregas vocais é resultado de uma descarga de impulsos nervosos que chega às pregas vocais através do nervo motor da laringe, o Recorrente. Cada descarga de impulsos nervosos propicia a contração simultânea das fibrilas neuromusculares provocando oclusões e aberturas fusiformes periódicas das mesmas.

Através do espaço definido periodicamente entre as pregas, em decorrência de suas oclusões e aberturas periódicas, circula uma coluna de ar impulsionada pela pressão de ar sub-glótica. A coluna de ar, cuja pressão aumenta graças ao bloqueio periódico imposto ao ar pelo mecanismo das oclusões periódicas da glote, produz a voz. Porém, as aberturas rítmicas da glote são independentes desse ar. Elas são resultado de um mecanismo neuro-muscular completamente diverso ao da circulação de ar. Em conseqüência, Husson afirma que a produção de voz não é um fenômeno vibratório, mais um mecanismo neuro-muscular das pregas vocais. Porém, se bem a pressão de ar não causa o movimento das pregas, sem ela não se produzirá voz.

Questão 3- Raul Husson considera o papel dos hormônios para a definição das vozes femininas, masculinas e infantis. Descreva o comportamento das vozes femininas, masculinas e infantis, segundo a Teoria Neurocronaxica.

Segundo a Teoria Neurocronaxica um homem e uma mulher adultos não produzem sons iguais, mas cantam em freqüências situadas a uma distância de uma 8a justa entre si. Tal diferença considera o papel dos hormônios para tais definições. Inclusive, a vozes infantis.

Logo, o homem produz voz normalmente no registro monofásico e a mulher no registro bifásico. Já as vozes infantis respondem no Segundo Registro, de forma similar às vozes femininas adultas (registro bifásico.).

Antes da muda, as vozes infantis apresentam cronaxias recorrenciais distribuídas por toda a escala de valores encontrada nos adultos. Durante a muda, da voz, que pode durar por muitos meses, a cronaxia reocorrencial apresenta variações anárquicas e freqüentemente aumenta. Há características individuais. Na puberdade o processo endócrino tem resultados mais drásticos em relação à voz no adolescente do sexo masculino, deslocando o registro infantil a uma 8a descendente, ou seja, respondendo no Primeiro Registro.

Homem e a mulher emitirão a uma distancia de uma 8ª justa com a mesma cronaxia recorrencial. Nas meninas, acarreta uma ligeira modificação no timbre, na extensão e na intensidade da voz.


Universidade de Brasília (UnB)

Instituto de Arte (IdA)

Atividade LABORATÓRIO DE TEATRO 2

Professoras Silvia Davine/Sulian Vieira Pacheco

Aluno Lúcio José de Azevêdo Lucena-lucio leonn


Fonte: A Produção Vocal em Altas Intensidades: uma revisão da Teoria Neuro – Cronáxica de Raoul Husson. Silvia Davini e Sulian Vieira- CEN-IdA/UnB (2004)

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Seqüências de Treinamento -

1) As seqüências posturais propostas visam o relaxamento corporal. Não é, relaxamento; mas a flexibilização e controle do tônus muscular ou seja, a afinação do tônus muscular de acordo com as demandas do corpo em cena. As seqüências posturais visam produzir voz em altas intensidades e movimento (ação) quando os apoios do corpo no chão, do ar sobre a região pélvica e da voz a epiglote atuam de forma coordenada. E, se fundamentam no Princípio Dinâmico dos Três Apoios.

2) A voz é um instrumento do ator. O corpo é o instrumento do ator/atriz em cena e, em produção de altas intensidades vocais e movimento (ação), a partir de treinamento, organização sistemática e de registros. E tendo como presença, de referência básica, o processo.

3) As demandas corporais e vocais de professores, são demasiadamente diferenciadas das demandas de cantores e atores.

As demandas corporais e vocais dos professores em sala de aula são similares as dos atores e cantores em cena. Atores e cantores em cena são considerados, nesta proposta de treinamento, como fontes sonoras em movimento. As técnicas vocais tradicionais não contemplam que tanto atores quanto professores produzem som em movimento. Logo, atores e professores precisam garantir a produção de altas intensidades vocais, ou seja, de voz com considerável volume.

4) O diafragma é o coração da voz. Isso! E, como tal, é um músculo acionador e aparelho fonador de produção em altas intensidades, por meio do Princípio Dinâmico dos Três Apoios.

Assim, formular uma técnica que, objetivando atingir as altas intensidades vocais, dê conta das demandas da produção de voz, palavra e movimento, simultaneamente.

O diafragma é um músculo plano, amplo, em forma de guarda-chuva, que fica entre o tórax e o abdômen, e está preso nas costelas e na coluna. Ao se contrair o diafragma, suas bordas levantam as costelas, enquanto o seu centro se abaixa, empurrando os órgãos do abdômen”, (Mello, M. Celina M. B. e Bernini, Eduardo; p.16.). In: Fisiologia da Voz. Encontro por Linguagem. Material de Apoio aos Arte-Educadores. (FUNCI/NUARTE): Fortaleza-CE.

5) Cuidados com a higiene vocal (tais como não beber gelado, comer maçã, mascar gengibre) garantem o bom desempenho da produção de voz em altas intensidades. Os cuidados com a higiene vocal preservam-se de qualquer patologia. No entanto, a técnica respiratória para a produção de voz em altas intensidades resulta na expansão do eixo transversal, considerando a expansão das costelas e da cintura escapular. Assim, garante-se o bom desempenho da produção de voz em altas intensidades a proposta postural dos Três Apoios que, prepara o corpo para produzir um tipo de movimento (ação) que favorece o trabalho respiratório (controle).

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Qual é a diferença entre som e ruído?

Som é a vibração no ar motivado por um corpo sonoro. O som é agradável aos ouvidos. Já o ruído, não. Há os sons naturais e mecânicos. (Aulas minhas em música aplicada - 7ª serie disciplina de Arte.).

Consultei no dia 1º/09, para complementar essa Atividade, o aluno do 8º semestre (2009), do curso de licenciatura em música, Régis Ponte (Universidade Estadual do Ceará-Uece), também estagiário de Educação Musical na minha Escola (Emeif Herbert de Sousa).

Obtive o seguinte registro escrito: segundo Ele - na perspectiva da música - o ruído não pode ser identificado. Embora, sendo sons indefinidos, não há presença de notas exatas. Pode ser usado não de forma harmônica, mas como elemento musical do ritmo. Deu-me como exemplo, o pandeiro.

Indo para a definição de som, Ele segue: som é o resultado da vibração de corpos elásticos sobre o órgão da audição a complementar o sentido físico. Logo, as ondas sonoras são medidas em Hertz (Hz).

O que é som fundamental e o que são sons harmônicos?

Som fundamental e harmônico, segundo o aluno-estagiário Régis, ao definir o primeiro, é o som gerado por meio de uma série harmônica. Complemento: os sons, que ouvimos! Já os sons harmônicos, são sons secundários, gerados na emissão, [a partir] de um som fundamental. Complemento: há um paradoxo e ao mesmo tempo, percebo que são sons indissociáveis e complementares.

O que é timbre?

É a cor do som / da voz humana – podemos identificar pela coloração / qualidade do som e/ou hereditariedade da voz projetada. Também podemos identificar o timbre pela característica singular, encontrada em diferentes sons produzidos por instrumentos musicais diversos. (Música aplicada - 7ª serie minha disciplina de Arte.). Para finalizar, Timbre é a característica particular de cada som, organizado por meio de seus sons harmônicos. Segundo Régis.


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Imagem produzida por mim,que reflete imageticamente os assuntos da unidade: Produção e Difusão de Informação Artística na Internet

"O status de 'artista como gênio' não pode ser mantido, visto que aquilo que mais impressiona está no poder da máquina que o artista usa. Consequentemente, o papel do artista está mudando e o processo criativo muda com ele para se tornar um processo de solução de problemas. A genialidade é substituida pela engenhosidade"(Santella (2005) apud Harward(1990).

Em relato da imagem abaixo, sob o perfil humano, também configura uma imagem em spectrum. E, como pano de fundo, ao mesmo instante, circunda em captação, uma tal figura (entidade) em fumaça - trata-se de minha imagem junto ao céu e núvens, a cidade de Brasília-DF- projetada em contraposição, a partir de reflexo do vidro da janela do hotel, entre arranha-céus e de encontro com a câmera em mão minha.

Em processo de recurso, em captação da simples imagem, o que ficou externo, durante o clique e manuseio foi o ângulo, somente. O mundo real (externo), mesmo que não muito visível, para o leitor contemplativo, virtualizou-se no momento, ao mundo interior(quarto de hotel) sob meu perfil.

Segundo Rossi (2003) segundo apud Debray (1993) conta que, certa vez, um imperador chinês pediu ao pintor de sua corte para apagar a cascata que havia pintado na parede do palácio, porque o ruído da água não o deixava dormir. Parece que desde sempre, a imagem teve o poder de se impor a nós. Ela nos seduz por sua própria presença; já a palavra pressupõe uma linearidade na sua leitura. A palavra evoca algo que está ausente; a imagem é (já) presença, aqui e agora.

O poder da imagem não diminui, pelo contrário, hoje vivemos na chamada “civilização da imagem”. É a era da visualidade, da cultura visual. Há imagens por toda a parte. E, com, a entrada da tecnologia na produção das imagens, modificaram-se as bases do conhecimento humano (...). [In: Introdução: ler imagens, ler o mundo, (p.9).]

Continuando e, para finalizar a descrição, via imagem, há presença da territorialização entre o mundo real e a ideia\imagem virtual. Uma irônica possibilidade de virtualização e de sentidos estéticos se demanda em leitura óptica.

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Imagem em descrição e apresentação,(captada câmera digital - kodak easy share C813Zoo- produzida em dez de 2008).
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"No uso correto, a palavra virtual é empregada com freguência para significar a pura e simples ausência de existencia, a 'realidade' supondo uma afetuação material, uma presença tangível. O real seria da ordem eu 'tenho', enquanto o virtual seria da ordem do terás, ou da ilusão, o que permite geralmente o uso da ironia fácil para evocar as diversas formas de virtualização." Segundo Pierre Levy (2005(o que é virtual?), p.15: o atual e o virtual. Capitulo: o que é virtualização?)

E, ainda sob foco de leitura, imagens que falam; segundo Rossi (idem) há necessidade, então, de conhecer a leitura\interação nessa nova forma de acesso à rede, proporcionada pela tecnologia. o que diferencia a compreensão gerada na interpretação de imagens fixas, daquelas advinda da interatividade eletrônica? Existem diferenças entre o "velho" espectador e o novo interagente que, por sua ação, faz a obra existir? Nos pergunta Rossi.

No entanto, é com ênfase no leitor imersivo, que Lúcia Santella nos aponta, olhares convergentes em seus textos; leitor imersivo é, "aquele que emerge de novos espaços incorpóreos da virtualidade."

Assim, se projeta e sinaliza os assuntos da unidade sob ambiência e ar de produção, de difusão de informação artística na Internet, por meio da foto em análise.

Por outro lado, viso sinalizar para codificar espaços: hiperpalco, perfomance online etc. E, de perceber dimensões em leituras possíveis no campo da interatividade anunciada em textos ao longo da semana de estudos, por meio do módulo TECNOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS NA ESCOLA 2 .

Por fim, ao levantar a bandeira de leitor imersivo, a meu ver, converge na relação imagem mudo; na intencionalidade em que o artista escolhe e produz a sua realidade e entorno. E, em seguida ao montar sua cena, dinamiza também, diversos leitores em habilidades perceptivas e cognitivas em espaço de cultura visual e virtual, cada vez, co-movente.

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Fontes consultadas
LÉVY, Pierre. O que é virtual? Tradução de Paulo Neves. – São Paulo: Ed. 34, (Coleção TRANS)1996. 160p.
ROSSI, Maria Helena Wagner. Imagens que falam: leitura da arte na escola. Porto Alegre: Mediação, 2003.144p.
SANTAELLA, Lúcia. Por que as comunicações e as artes estão convergindo? (Coleção questões fundamentais da Comunicação; 5/coordenação Valdir José de Castro). São Paulo: Paulus, 2005. 71p.ver:http://notasdator.blogspot.com/2009/12/resenha-apresentacao-de-livro-santaella.html
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Atividade de proposição Universidade de Brasília. Universidade Aberta do Brasil -Instituto de Artes Departamento de Artes Visuais Disciplina: Tecnologias Contemporâneas na Escola 2.Aluno Lúcio José de Azevêdo Lucena-lúcio leonn. Professor: Christus Nóbrega.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Produzida por Salvador Dali (o Livro Árvore) tal imAgem, reflete imageticamente, os assuntos de Produção e Difusão de Informação Artística na NET

Os surrealistas propunham a fusão de dois estados - os sonhos e a realidade.

Podemos dizer o mesmo com, Produções e Difusão de Informação Artística na NET.
Os sonhos virtuais e a realidade.
N a r r a t i v a s
F

r

a

g

m

e

n

t

a

d

a

s
ideias
Ou, acontece o mesmo com a imagem (aqui) : "O LIVRO ÁRVORE", produzida pelo mago Salvador Dali que, imageticamente, concedo à sua pintura, reflexões, ideias, críticas construtivas aos assuntos relevantes em Unidade de estudos.

É uma árvore (tronco), mas é um livro; embora, sendo uma àrvore; portanto, é uma janela para um mundo. Processo de alteridade. Cerne do espaço virtual, real (o livro origina-se da àrvore), que cabe todo um mar... Múltiplas janelas. Informação, hipermídia, as multiplas janelas. Portal. Plasticidades... Comunicação... Leitores contemplativos, imersivos...

Ele aberto, revela uma metáfora para o conhecimento em segredo ou, de desdobramento em interfaces. Outra, consubstanciado em árvore, a imagem\janela, é sinônimo do ciberespaço\hiperdramas\hiperpalcos\ interatividades\webs... linguagens artísticas na contemporaneidade.

Tanto que:

“(...) Pensando sobre a relação teatro/espaço/tempo, poderíamos então nos perguntar sobre qual (ou quais) seria (seriam) o(s) espaço(s) do teatro do século 21. Com a contemporaneidade presenciamos o nascimento de um novo espaço. As novas tecnologias de informação e comunicação impulsionaram o nascimento do que William Gibson chamou de ciberespaço; espaço este virtual, conectado, desterritorializado, interativo e não linear. Logo, se o teatro se propõe a ocupar os espaços da humanidade, como poderíamos começar a pensar uma proposta de teatro para o ciberespaço? Como construir um palco neste território virtualizado? Como propor uma linguagem cênica para este espaço digital?
Pensar o teatro para estes novos espaços virtuais ainda é um desafio em fase inicial.

Contudo, as profundas transformações sociais provocadas pelas novas tecnologias digitais já se consolidam. Cabe a arte a urgência de pensar poeticamente sobre estas transformações e propor produtos culturais voltados para esta sociedade que povoa e ajuda a construir o ciberespaço. É chegado o momento de edificar um novo teatro, um novo palco; um hiperpalco. Nele criaremos novos dramas; hiperdramas.

Pensar uma dramaturgia para o ciberespaço é pensar nas particularidades da linguagem da hipermídia; a interatividade, o hipertexto e as múltiplas janelas. Assim, é preciso investigar como construir uma cena passível de interatividade, para que o público se torne também parte desta, manipulando-a, alterando-a, editando-a, resignificando dessa maneira a figura do autor/diretor. É do mesmo modo importante pensar na fragmentação da narrativa, pois no ciberespaço o texto é construído com links onde o internauta tem a opção de escolher onde e quando clicar, e com isso tem acesso a uma narrativa fragmentada que vai se construindo pela navegação. A isto se dá o nome de hipertexto. O hiperdrama abre-se para uma narrativa não fechada, múltipla e não linear. Outro aspecto fundamental a linguagem do ciberespaço é a possibilidade do usuário abrir varias janelas simultaneamente. Em cada janela um mundo particular. Em cada janela um universo comunicacional. É próprio da cibercultura saber lidar com a multiplicidade simultaneamente, por isso, no hiperdrama podemos pesquisar a construção de performances recorrendo a estética da simultaneidade de ações. Com isso, ampliamos os limites da representação dramática tradicional e começamos a construir um ambiente de expressão ainda desconhecido, mas pleno de possibilidades de interação. Por possuir características que o relacionam diretamente com as questões do espaço contemporâneo (ciberespaço) o hiperdrama poderia ser entendido como uma dos possíveis caminhos para pensar a dramaturgia do século 21."
(In: Hiperpalco. NÓBREGA, Christus. Acesso: dez de 2009.).
No sentido poético, as intervenções artísticas em ciberespaço têm um quer de surrealismo, um “trago de loucura” que revela toda a genialidade.

Por fim, outro pintor Surrealista!
Imagem - reprodução-"Os Amantes", de René Magritte
O seu trabalho é sempre complexo e obriga ao raciocínio, à interpretação e ao estudo.
“Os quadros de Magritte não podem ser simplesmente vistos”. Precisam ser pensados.
Logo, a obra deste pintor é marcada pela criação de cenas simples nas quais um único detalhe é suficiente para provocar no espectador um sentimento de absurdo e uma impressão de mistério.
"Tudo o que vemos esconde outra coisa, e nós queremos sempre ver o que está escondido pelo que vemos”. (RENÉ MAGRITTE, 1898-1967).

Conclusão poética, podemos também, comparar os vídeos-hiperpalcos- (ou nem só os artísticos, mas os locados e apreciados com intuito de serem sentidos via internet) com a corrente do impressionismo; do surrealismo em destaque. Logo,"todo o surrealismo tem um trago de loucura que revela toda a genialidade”.
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Informação:
O Ustream (http://www.ustream.tv/) é um portal de veiculação de vídeos ao vivo pela Internet. Nele você poderá criar um canal e apresentar performances em tempo real para milhões de espectadores que estejam conectados na Internet.
Para Download Para a performance on-line sugerimos a utilização do software Kompozer. Faça o download aqui. Para aprender a usá-lo veja o nosso tutorial. Kompozer Geral

Fontes consultadas
  1. HADDAD, Denise Akel e MORBIM, Dulce Gonçalves. Arte de fazer Arte. 6ª série-1ª edição. São Paulo: Editora Saraiva: 1999. In: Aula de arte e experiência do ator e Artista-educador Lúcio Leonn.
Documento de acesso digital
  1. Tutorial_Hiperpalco. Universidade de Brasília Universidade Aberta do Brasil Instituto de Artes Departamento de Artes Visuais Disciplina: Tecnologias Contemporâneas na Escola 2. Professor: Christus Nóbrega. Acesso ir\restrito aos cursistas : dez de 2009.
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Atividade de proposição Universidade de Brasília. Universidade Aberta do Brasil -Instituto de Artes Departamento de Artes Visuais Disciplina: Tecnologias Contemporâneas na Escola 2.Aluno Lúcio José de Azevêdo Lucena-lúcio leonn. Professor: Christus Nóbrega.